Para que o mundo seja do jeito que a gente quer, a mudança começa conosco, nos pensamentos, ações e sentimentos. Não adianta o ser humano ser bom, se ele tiver pensamentos negativos em relação a si e/ou ao próximo, ou reações tão negativas diante do negativo que reverte pra si o de pior. É necessário que sejamos uno em todas as nossas atitudes mentais, físicas, espirituais, pensar/agir/sentir da mesma forma, superando as diferenças e reagindo ao desconhecido sem pré-conceito, e colocando em prática a lei do amor. Quando conseguirmos juntar essas energias todas e nos tornarmos uno com o universo, teremos aprendido o que Jesus nos ensina, o que a vida nos testa, o que Deus quer de nós. Comunhão. textinho da Chris

domingo, janeiro 30, 2011

Eliminando vínculos de dependência

por Teresa Cristina Pascotto - crispascotto@hotmail.com


Durante nossa vida criamos muitas relações de dependência da aceitação e do amor do outro, só para que possamos nos sentir amados e incluídos. Por toda nossa experiência de dor -da infância e de outras vidas-, possuímos uma crença de que se não formos exatamente como o outro deseja, seremos rejeitados e abandonados. Com medo disto, passamos a fazer de tudo para agradar ao outro, porém, como isto é contrário ao desejo de nosso coração, entramos no ressentimento e na raiva, principalmente porque, mesmo fazendo o que é bom para o outro, ainda assim não nos sentimos amados de verdade.

Chega um momento em que o peso esmagador dessa dependência ultrapassa nossa capacidade de suportar e negar a dor que isso nos causa, e tudo vem à tona. Quando a dor "explode" nos traz a oportunidade de despertarmos para a realidade, para que possamos descobrir a dinâmica oculta que acontece na relação de dependência e de nos libertarmos desses vínculos.

Isto nos trará o desejo real de buscarmos mudanças, mas sentiremos medo, pois perceberemos que qualquer coisa que tentemos mudar no relacionamento, trará algum tipo de abalo para a relação. Isto significa que se começarmos a dizer não ao outro, seguindo nosso coração, a reação dele será de contrariedade, que poderá ser explicita ou velada.

Se estivermos firmes em nosso propósito de encerrar com o vínculo de dependência, precisaremos entrar nisto com consciência, pois poderemos nos conflituar, num primeiro momento, pois parte de nós sentirá medo de perder a pessoa e nos impulsionará a voltar para a velha interação com nosso eterno sim, mas a parte de nós que despertou e começou a perceber a realidade, começará a sentir mais explicitamente a dor e a raiva que a dependência nos causa, e nos impulsionará ainda mais ao não.

Estes vínculos são intensos e difíceis de serem "dissolvidos", porque na dinâmica oculta da interação, que ocorre na energia, existe uma trama energética que foi criada entre nós e a pessoa, e que foi sendo fortalecida a cada sim que dissemos, dando cada vez mais poder ao outro, de domínio sobre nós. Quanto mais intensa e "antiga" for a relação, e mais profundos e significativos forem os laços que nos unem, mais a trama fica "cristalizada" e se transforma em uma rígida estrutura energética, e muito mais difícil se torna romper com o vínculo de dependência. As relações equilibradas, não possuem vínculos, mas, sim, ligações saudáveis,  através de cordões energéticos que nos unem através dos chacras, em que a interação é de liberdade verdadeira.

Depois que essa estrutura energética do "agrade ao outro dizendo sempre sim" é criada, acreditamos que não existe outra forma de interagirmos com a pessoa em questão, a não ser dentro dessa única condição. Isto significa que essa estrutura nos atrai como um imã, ou seja, sempre que nos aproximamos da pessoa, somos puxados para dentro dessa estrutura rígida e, quando entramos, só conseguimos interagir dentro dos "caminhos" criados (por ambos) nessa estrutura. Ficamos desconectados de nosso coração, perdemos o poder sobre nós e entramos na energia mental do outro, que ganha poder e determina as ocorrências fazendo com que sejamos aquilo que ele quer. A energia psíquica do outro, nos envolve com tentáculos energéticos e passamos a agir e reagir como se estivéssemos hipnotizados. Nos sentimos mal, ficamos irritados, angustiados (dependendo da relação), mas não conseguimos sair, nos sentimos presos.

Gostamos da pessoa, mas parece que sempre que estamos com ela, não nos sentimos muito bem. Quando saímos de perto dela, livres da estrutura energética e de seus tentáculos dominadores, nos sentimos mais livres e leves. Mesmo que tenhamos a compreensão e consciência desta realidade, não é tão fácil sair do jogo. A forma mais fácil de sair dele seria "cortarmos" a relação com a tal pessoa, mas nem sempre é o que desejamos e o que é possível, como no caso de nossos pais, filhos, família. Ficamos num impasse.

Quando nos propomos a enfrentar o processo, nosso afastamento -seja físico ou emocional- é inevitável, pelo menos por um momento, e isto causará uma reação negativa no outro, que fará de tudo para nos puxar de volta -com influência psíquica e com a "retirada de sua energia de nós" e isto nos causará a dor da rejeição e do abandono- e este jogo energético nos abala. Se não estivermos conscientes desse tipo de jogo e firmes em nosso intento, poderemos, pelo pavor de ficar sem a pessoa, nos deixar envolver novamente. Isto será natural, pois é um aprendizado que deveremos conquistar, e até que o equilíbrio aconteça, poderemos passar por idas e vindas.

Se houver perseverança e vontade firme, chegará um momento em que conseguiremos suportar a dor do afastamento, a retirada de energia e a rejeição do outro, com profunda aceitação, e resistiremos às suas tentativas de nos puxar de volta. Este afastamento será de grande poder interno, pois conseguiremos firmar nosso propósito de não entrar mais na estrutura energética, o que trará uma definição na relação.

Cabe pontuar que o outro não é o único responsável pela trama, nós aceitamos entrar no seu jogo de domínio. Ninguém tem o poder de nos puxar para uma estrutura energética, sem o nosso consentimento. Isto só acontece, porque nosso Ego acredita que teremos vantagens dentro disso, portanto, somos igualmente responsáveis pelo jogo com o outro. Outro ponto, é que também dominamos o outro, fazendo as mesmas coisas, porém, dentro de outras questões. É a "lei da compensação".

Este processo será um bom recurso até que possamos dizer um firme não interno à velha dinâmica para podermos criar meios de nos relacionarmos de forma saudável, que acontecerá a partir da criação de uma nova interação energética. Este novo tipo de interação equilibrada "não existe" para nós, pois não temos nenhuma referência anterior, todas as relações de dependência que criamos, aconteceram dentro das mesmas estruturas, só mudando em intensidade e complexidade.

A relação dentro da trama equilibrada, precisa ser criada a partir do "nada", da ausência de referência. Poderemos usar o conhecimento das dinâmicas anteriores, apenas como base. Para isso, deveremos entrar em sintonia com nosso Eu Real, numa atitude de entrega, para podermos entrar em sintonia com vibrações mais elevadas, com Seres de Luz, desejando uma conexão com Deus, pois o novo só existe na Mente e no Coração de Deus, e é somente desta forma que poderemos encontrar todas as condições e características das novas relações a serem criadas.

Estas são relações de liberdade e respeito mútuo. Onde todos se aceitam, exatamente como são, sem tentarem modificar ou manipular o outro. Tudo o que precisamos: amor, afeto, aceitação, reconhecimento, aprovação, etc, está dentro de nós. Ninguém jamais poderá nos suprir nestas questões. Quando acreditamos que possuímos tudo o que precisamos, não esperamos nada do outro, nos colocamos inteiros na relação, oferecendo o melhor de nós. Resultado: relações com saudáveis trocas energéticas e equilibradas. 


Somos Todos Um - STUM 







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