Para que o mundo seja do jeito que a gente quer, a mudança começa conosco, nos pensamentos, ações e sentimentos. Não adianta o ser humano ser bom, se ele tiver pensamentos negativos em relação a si e/ou ao próximo, ou reações tão negativas diante do negativo que reverte pra si o de pior. É necessário que sejamos uno em todas as nossas atitudes mentais, físicas, espirituais, pensar/agir/sentir da mesma forma, superando as diferenças e reagindo ao desconhecido sem pré-conceito, e colocando em prática a lei do amor. Quando conseguirmos juntar essas energias todas e nos tornarmos uno com o universo, teremos aprendido o que Jesus nos ensina, o que a vida nos testa, o que Deus quer de nós. Comunhão. textinho da Chris

domingo, fevereiro 19, 2017

Pessoas sempre insatisfeitas deixam de aproveitar o presente

Esse tipo de indivíduo busca mudanças não para evoluir, mas para compensar frustrações presentes

 


Pessoas insatisfeitas estão constantemente em busca de algo, mas não pelo desejo de crescimento e vontade de realizar novos sonhos, e sim por terem a sensação de não estarem completas.

Pessoas que buscam o que não têm de forma compulsiva, às vezes, querem apenas algo diferente do que já tem, somente para poderem fugir do que tanto as incomoda: o momento presente e a realidade que estão vivendo.
Não se deve confundir uma pessoa proativa, sonhadora, que batalha pelo próprio crescimento, empreendedora e que quer o melhor para si e para as pessoas a sua volta com quem é insatisfeito. São estilos de pessoas diferentes, embora, ambas busquem a mudança. As pessoas consideradas insatisfeitas são aquelas que sentem necessidade de algo novo pela frustração do que elas têm no momento presente e não pelo desejo de concretizar os objetivos.
Existem pessoas que estão sempre buscando algo que ainda não tem, e com isso acabam sempre mudando de ideia e, às vezes, ficam perdidas no que querem. Isso acontece, porque o foco delas não está em entender o presente e a própria vida, mas em tentar a todo custo ter algo diferente, fora dessa realidade, com isso, fazem tudo a qualquer preço para poder mudar. O foco não esta no objeto a ser realizado, mas no sofrimento do presente e toda a dificuldade de aproveitar a vida como ela é agora.
Essa insatisfação e a busca constante por algo novo podem ser motivadas por:

  • problemas no presente
  • dificuldade de focar nas coisas boas do momento
  • aprendizado com os pais ou por quem os criou que a vida deve ser vivida dessa forma
  • sonhar com o futuro ideal, sem condição de viver o presente real.
Esse tipo de atitude atrapalhar o dia a dia e até os relacionamentos de uma pessoa que está com toda a energia voltada para sonhar o futuro em vez de viver o presente e conseguir obter prazer no que esta aqui e agora. Quem é insatisfeito, tende a sonhar a vida em vez de vivê-la. Idealiza as ações e comportamentos no lugar de viver em paz e feliz.
Quando se percebe que a insatisfação pode ser um problema em si, pois atrapalha a própria vida pessoal, profissional e das pessoas em volta, o ideal é a busca de orientação e atendimento especializado. Sessões de psicoterapia, programação neurolinguística (PNL), coaching, hipnose, entre outras, podem ser excelentes para cura de alguns traumas e sofrimentos, bem como ajudar a ter prazer com o que se tem para se vive em paz.
Durante as sessões, também é possível ensinar e ajudar as pessoas a criarem novas metas e objetivos de vida sem a insatisfação presente. Mudar é bom e necessário, mas não deve estar ligado somente a sofrimento e mal estar. Viver na zona de conforto não é ideal para ninguém. Mas o agir, mudar e crescer deve ter razões mais importantes do que reclamar do que se tem o tempo todo.

ARTIGO DE ESPECIALISTA 
Adriana de Araújo
Psicologia - CRP 56802/SP
especialista minha vida 
 
copiei daqui: http://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/18086-pessoas-sempre-insatisfeitas-deixam-de-aproveitar-o-presente

Pessoas sempre insatisfeitas

terça-feira, fevereiro 14, 2017

A VIDA É MUITO CURTA PRA VIVER OS PLANOS DE OUTRA PESSOA

Dizem que a vida é curta, que passa num piscar de olhos e que quando nos damos conta estamos vivendo mais do passado e de suas memórias que do que acontece ao nosso redor, no presente e no agora.
Mas a verdade é que mais que temer a fugacidade da nossa existência, tememos os erros, as quedas e os momentos em que nos perdemos no caminho. Entretanto, o mais aterrador é a possibilidade de uma vida não vivida. De ter deixado que nossos dias passassem pautados pelos planos e sonhos de outras pessoas.
Eu não estou nesse mundo para cumprir as expectativas de ninguém, nem ninguém está para cumprir as minhas. Somos seres que se esbarraram em um encontro maravilhoso e que juntos podem construir um caminho em comum trilhando a vida, harmonizando sonhos, planos e objetivos. 
Em algumas ocasiões, demoramos bastante para perceber que a vida que estivemos mantendo por certo tempo não nos faz feliz. A princípio nos deixamos levar, talvez por amor, talvez por esperanças e ilusões que pouco a pouco se quebram em forma de falsidade. Talvez por algo que uma vez nos prometeram mas que nunca foi cumprido.
São muitas as formas pelas quais a vida passa sem cor ao lado de outras pessoas. Às vezes são familiares, às vezes são cônjuges… Seja como for, é algo que não podemos permitir.
Poucas coisas são tão pessoais e distintas como o modo como genuinamente desejamos viver a vida. E ninguém deve tentar colocá-la dentro de uma moldura, ou paralisá-la com uma âncora ou direcionar nossas próprias velas para nos levar por seus próprios caminhos.

Se você vive a vida do outro, deixa de ser você

mulher-cisnes
Você é o conjunto de seus valores, seus sonhos de ontem e seus desejos do presente. De suas escolhas, suas ilusões durante a manhã e suas tristezas durante a tarde. É o que alcançou até então e o que virá a realizar… Como permitir então que outros desfoquem sua identidade e calcem seus sapatos sem a sua permissão?
Pode perder seu orgulho por amor, pode deixar de lado seus sonhos para sonhar com outra pessoa se assim o quiser, mas o que nunca, o que jamais deve se permitir, é perder sua dignidade por ninguém.
É necessário transitar por esse caminho chamado vida da forma mais sincera possível: em liberdade, sem mágoas no coração e sem ruídos na mente.
Não há porque ter medo da vida, devemos aproveitá-la com alegria e plenitude. E se recentemente não nada disso faz sentido, se quando você abre os olhos pela manhã se vê invadido por um monte de emoções negativas, talvez não esteja vivendo a vida que deseja. Talvez esteja atuando na peça que os outros escreveram pra você.

Quando seu dia a dia está pautado pelo universo de outra pessoa

Há quem assuma, sem saber muito bem por que, o papel de controlador de uma relação conjugal. A outra pessoa não pode fazer mais do que girar ao seu redor como um satélite em volta de um planeta.
E isso ocorre no início por amor, porque nos enchemos de ilusões e estas duram um tempo, tornando-nos incapazes de ver os detalhes que caracterizam uma relação pouco funcional.
  • Há quem necessite ter o controle, como quem teme que por qualquer coisa seu castelo de cartas desmorone.
  • A necessidade obsessiva por controle esconde na verdade uma baixa autoestima que se transforma em autoritarismo e inflexibilidade. Respeitar a vontade do outro e seu espaço pessoal supõe correr o risco de perder essa pessoa.
  • Ser quem dita as decisões, quem escolhe, quem assume, aceita ou rejeita no dia a dia oferece reforços a uma baixa autoestima que é incapaz de mostrar reciprocidade aos outros.
moca-veneza

A vida plena, autêntica e feliz não busca prisioneiros: ninguém pertence a ninguém

Não se trata de manter uma vida sem vínculos, sem relações e sem ninguém a nosso lado. Trata-se de ser consciente de que não devemos considerar nada como nossa propriedade. Nenhuma pessoa pertence a ninguém.
Ninguém deveria ser dono de sua felicidade, porque a felicidade não é digna de posse alheia. Ela se cria como a brisa nas tardes de verão ou os corais no fundo dos oceanos. A felicidade é um tesouro que não deveria ser deixado ao capricho egoísta dos outros. 
Posto que eu não pertenço a ninguém e ninguém me pertence, escolho você, em liberdade, para caminhar comigo de mãos dadas. Para que sejamos ambos donos e criadores da nossa própria felicidade.
  • Posto que sou consciente de que todos nós nascemos livres e temos pleno direito de escolher nossa forma de viver, respeito suas escolhas, seus valores e sua forma de pensar.
  • E por isso, me esforço a cada dia para harmonizar meus espaços pessoais com o espaço em comum que ambos compartilhamos. 

Estou livre dos planos que outros criaram para mim

Há situações do contexto familiar, com mães ou pais possessivos, em que acabamos vivendo vidas alheias que outros criaram para nós. As relações afetivas e conjugais são, no entanto, os territórios mais comuns onde se dá esse tipo de dependência e coerção.
Para viver uma vida feliz e plena não deveríamos nos atar a uma ou várias pessoas. É melhor nos apegarmos a uma meta: a felicidade. Porque é esse o objetivo que nos fará diferenciar quem nos merece e quem não nos merece. E quem nos faz sofrer não nos merece.
Com a vida não se sonha nem se espera diante de uma janela enquanto outros nos ditam o que fazer e o que não fazer. A vida é risco e é coragem, a vida acontece depois da zona de conforto e das correntes que os outros nos impõem.

COPIEI DAQUI: https://amenteemaravilhosa.com.br/vida-curta-viver-planos-outra-pessoa/

domingo, fevereiro 12, 2017

Como lidar com pessoas que só focam em si mesmas

Esse tipo de relacionamento ocorre quando uma das partes envolvidas fala mais de si mesmo e presta pouca atenção no outro


Para falar de relação, tanto familiar, quanto amorosa ou de amizade, é preciso pensar em um movimento de troca, de vínculo, de comunicação e interação de ambos os lados. Costumo comparar muitas vezes uma relação com uma ponte, onde cada um tem sua metade para ir e vir. E o encontro, das pessoas, acontece bem lá no meio, conforme a disponibilidade, dedicação e o interesse de ambos os lados. Uma relação nunca poderá ser construída por um lado só, é preciso um movimento das duas partes e por isso, acho este exemplo bem válido.

Ao nos imaginarmos andando por uma ponte em direção ao outro, estamos falando de interesse, de olhar para o outro, de buscá-lo e, apesar de enxergarmos e irmos na direção do outro, também não podemos deixar de nos perceber e ter o nosso próprio chão, a nossa parte da ponte, que é fundamental para existirmos por nós mesmos numa relação, pois é o que nos manterá de pé e também o que podemos oferecer de apoio (se necessário). Então, desta forma podemos pensar que para nos relacionar precisamos ter empatia e ter egoísmo ao mesmo tempo em medidas adequadas.

Da metáfora para o dia a dia

Para um bom relacionamento, alguns cuidados são necessários sempre: é preciso estar atento para não ficar muito longe ou muito no nosso espaço, pois isso nos afasta do meio "da ponte", ou seja, nos afasta do outro e nos impede de ver, ouvir e percebê-lo realmente. E esta mesma atenção cuidadosa é válida para uma atitude oposta, isto é, para não invadirmos a metade da outra pessoa. Mesmo sendo um espaço aberto para nos receber, não significa que necessariamente seja de livre acesso. E, se não tomarmos pequenos cuidados, podemos abusar deste espaço na relação, que não nos pertence e assim diminuímos o outro em nossa vida e também na vida dele.

Quando não permitimos uma aproximação do outro ou quando invadimos o tempo, as ideias e o espaço do outro, temos provavelmente uma relação conflituosa e com um movimento egocêntrico. Se pesquisarmos a respeito do significado da palavra egocentrismo iremos encontrar explicações como: alguém que se refere a seu próprio eu, excesso de amor por si mesmo, desconsideração com os interesses alheios, um egoísta. Apesar de estas características parecerem não combinar com uma ideia de relação, costumamos assistir ou mesmo vivenciar relações com pessoas egoístas frequentemente em nossas vidas e nas mais diferentes esferas: familiar, namoros, casamentos e, claro, também nas amizades.

O que torna uma pessoa egocêntrica?

Uma pessoa egoísta não precisa ser vista como uma pessoa ruim. E também não quer dizer que não goste de você ou não te queira bem. Mas pessoas egoístas tem dificuldade em perceber o outro, a necessidade em atender o próprio ego faz com que não enxergue, não ouça e não dê muito espaço para o outro existir na relação. São pessoas que costumam falar muito sobre si, suas atividades, sua profissão, suas viagens, suas descobertas e o que chama a atenção é a intensidade que esta pessoa demonstra com o seu eu. Normalmente suas falas vão conter o "eu" repetidas vezes e das mais diferentes formas, como: eu sei, eu sou, eu faço, eu já fiz, eu conheço alguém, eu ouvi dizer. Assim como frases de posse também fazem parte do seu discurso, como: meu amigo, minha escola, meu trabalho, minha ideia, minha época...
Falar de si mesmo é sua principal característica e é válido tanto para coisas boas, divertidas e gostosas como também para dificuldades, questões com saúde, problemas financeiros. Seus problemas sempre parecerão mais intensos e precisarão de mais espaço e tempo do que outros. É comum nos egoístas interromperem falas dos outros para se incluírem nos fatos ou mesmo para mudarem o assunto, conforme sua necessidade ou desejo. E por isso costumam ter ou gerar relações bem conflituosas.
Não é fácil permanecer por muito tempo com pessoas que possuem esta característica de forma muito intensa. Por mais carinho ou amor que tenhamos por alguém assim, pessoas egocêntricas não nos permitem muito espaço para viver em conjunto. Normalmente, por mais que desejem a relação, não estão abertas a trocar ou interagir, visto que não há interesse real pelo que é do outro e sim por si mesmo. E vale recordar aqui que para ter uma boa relação é preciso ter duas partes de pé, caminhando, interagindo, sendo acolhidas e desejadas. Quando somente uma parte ganha, ou fala, ou acredita que está certa, provavelmente está invadindo o espaço do outro e diminuindo a existência dele, ou quando está ausente ou longe do outro, preso no seu próprio espaço sem acesso, fica difícil se relacionar, não acham?

Como resolver essa situação?

Conversar a respeito é sempre um caminho muito bem vindo e necessário para tentar amenizar relações conflituosas. Conseguir mostrar com jeito, sem agredir ou acusar, que o outro precisa rever suas atitudes, pois está sendo egoísta, é fundamental para que a relação possa ter uma chance de futuro. Mas isso não significa que o outro irá concordar ou estará aberto a isso. Principalmente porque é comum que o quadro esteja assim por muito tempo, às vezes anos e quando nos sentimos incomodados já é uma situação intensa, onde estamos desgastados e o outro muito acostumado a agir desta forma egoísta.
Será preciso muito tato para mexer neste assunto e descobrir novas possibilidades, que somente será possível se ambas as partes estiverem com este mesmo interesse. Caso contrário, é muito provável que se separem ou se distanciem, pois um lado sente-se sufocado, esmagado e inexistente e precisa recuperar seu espaço de vida, enquanto o outro lado está grandiosamente espalhado e reinando e precisará se recolher, diminuir o espaço dominado e isso pode não ser interessante para este lado também. O principal é: se não houver o esforço para querer estar junto e superar esta falha na divisão de espaço da relação, é provável que a falta de interesse, de ambas as partes, vença.
É uma situação delicada, pois muitas vezes há um carinho real de ambas as partes, mas o movimento egoísta intenso enfraquece um lado e a relação fica desequilibrada. Por isso é difícil que fiquem por muito tempo juntos ou que fique bem enquanto juntos.
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O lado bom do egoísmo

Vale a pena lembrar aqui, também, uma curiosidade: a de que na verdade todos nós somos egoístas. É, isso mesmo, somos todos egoístas! E isso não é um problema ou não precisa ser. Possuímos todos de um ego, isto é, a nossa existência e individualismo enquanto seres humanos e isso é fundamental para existirmos. O egoísmo, não precisa ser visto como algo ruim ou prejudicial, pelo contrário, ele é necessário para que possamos fazer parte de um todo, sem sermos somente uma sombra. Mas é preciso deixar bem claro que há uma diferença entre esta necessidade de um egoísmo e a de ser um egoísta. Ter o egoísmo é manter-se ciente sobre si mesmo, suas particularidades e assim garantir o seu "eu", estando aberto para ver, ouvir e receber o outro sem abrir mão de sua existência e isto é muito importante. Já, ser egoísta é se colocar acima, ou a frente do outro e é somente enxergar a si como necessidade e que não muito parecido consigo.

Outra face do problema

Para finalizar, acredito ser bem válido deixar aqui uma reflexão, um pouco mais além do que somente tentar entender ou como lidar com pessoas egoístas. Vale a pena pensar, também, no porque permitimos que estas pessoas tomem tamanho espaço em nossa vida? Porque deixamos que nos direcionem ou alterem nossos desejos? Onde estávamos quando começaram invadir nosso espaço na relação? Porque não nos manifestamos antes? O que aconteceu com nosso ego nesta relação?
Penso que se conseguirmos saber mais sobre quem somos, qual nosso espaço, nossos limites e desejos, provavelmente não permitiríamos que o egoísmo de outras pessoas nos invadissem e assim evitaríamos ou minimizaríamos bem este impacto. Afinal, elas não nos procurariam ou não se tornariam tão egoístas conosco. Olhando assim, podemos entender que de certa forma temos uma participação nesta história do egoísmo do outro e por isso refletir sobre nosso eu/ego (egoísmo) parece necessário para entender quem somos e somente então tentar entender o outro.
Fica a dica. 
Raquel Baldo
Psicologia - CRP 79518/SP
especialista minha vida 

mo lidar com Pessoas Manipuladoras
http://www.somostodosum.com.br/clube/artigos/autoconhecimento/como-lidar-com-pessoas-manipuladoras-23384.html
Como lidar com Pessoas Manipuladoras
http://www.somostodosum.com.br/clube/artigos/autoconhecimento/como-lidar-com-pessoas-manipuladoras-23384.html
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sexta-feira, fevereiro 03, 2017

Oito dicas para você vencer na vida praticando a paz e a justiça no coração

1) Faça tudo bem feito.

Um mundo com justiça e paz é construído com humanos que oferecem o melhor, ou seja, fazem bem feito. A maior de todas as caridades é cumprir todos os seus compromissos com eficiência, competência, cuidado e boa vontade. Para atingir este objetivo procure estudar, aperfeiçoar e aprender com a experiência. Se você levar um parente para operar exigirá que o médico esteja bem preparado e disposto a fazer uma ótima cirurgia. O mesmo acontecerá se procurar um encanador. Portanto, não poupe esforços para também fazer tudo muito bem feito e oferecer o melhor.

2) Você é um espírito que precisa evoluir, aprender muito e saber se defender.

As outras pessoas também são espíritos que precisam evoluir muito. O problema é que existem pessoas que não querem ou não conseguem evoluir. Estas pessoas poderão te prejudicar. Aprenda a se defender e se proteger. Você conviverá com estas pessoas no seu dia-a-dia, fará negócios com elas, estará nos mesmos ambientes. Cada vez que praticar o bem, cada vez que for eficiente, cada vez que conquistar uma vitória estará iluminando o mundo. Porém, muitas destas pessoas se sentirão incomodadas e poderão emanar pensamentos negativos que poderão te prejudicar. Se a maldade não tivesse força ela já estaria extinta da face da Terra. A maldade tem força e cabe a você se proteger, principalmente quando for acumulando conquistas e aprendizados.

3) O perdão é mais importante para quem perdoa do que para quem é perdoado.

O perdão é a libertação daquele que perdoa. A pessoa que não perdoa fica presa ao passado, alimentando raivas e outros sentimentos negativos. Todos seus dias ficam um pouco pior porque aqueles fatos do passado teimam em diminuir o prazer da vida. O perdão, portanto, é um ato de inteligência e bom senso. Por isto, não se iluda: quem perdoa é quem fez o esforço para mudar; o outro continua o mesmo. Livre-se dos sentimentos negativos, mas mantenha o bom senso e a precaução.

4) O que cresce no seu interior é o que você escolhe na vida.

Cada pessoa possui muitos interesses, mas não cabem todos eles no presente. Sempre existirão os interesses escolhidos e os que ficam adormecidos no fundo da alma. O que a pessoa escolher é o que cultivará no seu interior e é o que dará frutos bons ou ruins. A intenção, o desejo e a vontade geram pouquíssimos frutos. É a ação que faz a diferença. Na ação são superados desafios, são gerados aprendizados e desenvolvidos experiências. Na ação são reforçados vícios, cultivados sentimentos negativos, produzidos traumas e geradas maldades. Ou seja, na ação as forças do corpo, da mente e do espírito são potencializadas e concretizadas.

5) O presente possui sempre algo novo, não envelheça sua mente.

O presente é o começo do futuro, os primeiros sinais do que o futuro trará.
Portanto, as lições do passado sempre estão incompletas; da mesma forma que nossa evolução está incompleta.
Refletir sobre o passado, mas não ficar preso ao passado.
Usar o passado como experiência, mas sabendo que é uma experiência limitada.
Este traço de humildade e sabedoria te permitirá se sintonizar com o presente e aproveitar as oportunidades que estão no aqui e agora.
Afinal, problemas são superados no presente, com a cabeça no presente e aproveitando o que existe e é real.
A satisfação é experimentada no presente, com o que existe no presente.
A vida transcorre no presente, e se você aproveitar as oportunidades verá que um dia sempre será diferente de outro.
É assim que a vida ensina e o sábio aprende.
Já o imaturo, por agir com imaturidade, gera confusão.
Quem deixa de aprender com o presente não amadurece.

6) O tempo é precioso. Gaste-o oferecendo-se o que há de melhor.

Cuide de você com carinho. O maior carinho é cultivar sentimentos e pensamentos nobres.
Sentimentos e pensamentos nobres geram um profundo bem estar, pois harmonizam o seu ser.
Também energizam a mente e motivam para atingir objetivos importantes.
“Aprenda a se tratar com respeito. O primeiro passo é tirar da sua mente as “sujeiras” que são fonte de pensamentos negativos e desgastes emocionais” (A).
O tempo é só um. Você irá se ferir se gastá-lo gerando desgastes emocionais.
Usando seu tempo com o que é nobre, irá desenvolver sabedoria, satisfação e elevar sua vibração.
Todos serão beneficiados. Você se transformará numa fonte de equilíbrio, bom senso e elevadas vibrações.
(A) Leia a mentalização: Meu tempo é precioso e eu quero me oferecer o que há de melhor

7) Você é o responsável pela sua vida

Aceitar que é o responsável por sua vida é fundamental para ter forças para superar as dificuldades. Quem se comporta como vítima perde o foco e tende a se limitar.
A base da sua evolução é aproveitar as oportunidades que surgem na vida. Cada situação da vida é composta de facilidades (aquilo que você já aprendeu/desenvolveu) e dificuldades (aquilo que falta aprender). Uma pessoa pode ser trabalhadora e impaciente, por exemplo. Enquanto sua capacidade de trabalho gera facilidades, a impaciência gera dificuldades. Em alguns momentos o efeito desta impaciência pode se tornar central na vida da pessoa – esta é a hora de focar seus esforços para desenvolver a habilidade da paciência.
A pessoa que se percebe como vítima, ao culpar os outros, perde a chance de fazer a reflexão básica: como contribuo para o que está acontecendo? Que qualidade ou habilidade posso desenvolver para superar mais facilmente este obstáculo?
Lembre-se: culpar o outro é muito pouco produtivo para sua evolução espiritual e pessoal.
O correto é focar e agir. É assim que se conquista qualidades e habilidades para viver melhor.

8) Aprenda a ser coerente

Coerência é uma das chaves para uma vida justa e equilibrada.
Ela funciona assim: João escolheu estudar enfermagem. Todo dia vai para a faculdade e lá se distrai de seu objetivo maior: aprender muito para ser um ótimo enfermeiro.
A prioridade do João é ser enfermeiro. Todavia, na faculdade sua prioridade é estudar o mínimo possível. Sua atenção está voltada para outros objetivos que não o aprendizado.
Observe que há uma escolha inicial: fazer faculdade de enfermagem e tornar-se enfermeiro. Após esta decisão, João continuou decidindo: não quero estudar, quero passear na hora da aula, etc.
A coerência funciona assim: uma vez tomada uma decisão a pessoa cumpre o decidido, sem se desviar ou usar alguma desculpa.
Quem gostaria de ser filho de uma mãe que decidiu ter o filho e depois escolheu outras atividades que não dar carinho, atenção e cuidados?
A falta de coerência é a origem de grandes injustiças e muitas desavenças.
João, o futuro enfermeiro, talvez vá prejudicar alguém por causa da sua falta de dedicação aos estudos.
É muito importante que as pessoas tomem poucas decisões. Uma vez tomadas, devem ser coerentes e construir um bom caminho a partir dela.
Regra importante: Cada decisão possui o seu fator mínimo. Ou seja, aquilo que é o centro da escolha. Sem este centro tudo perde o sentido e a eficiência.
O estudo é o FATOR MÍNIMO. João escolheu fazer faculdade para aprender; estudar é o mínimo, é o básico.
Pense na frase: o professor não ensina bem porque seu salário é baixo. Esta frase é o símbolo da falta de coerência que gera sofrimento e injustiça.
O fator mínimo de ser professor é ensinar. Sem ensino não existe a função professor. Todo foco deve estar em realizar a função de ensinar. Isto é coerência.
Perceba quais são as escolhas que você fez na vida. Se forem muitas, abandone algumas (pouquíssimas pessoas conseguem ser coerentes em muitas decisões ao mesmo tempo).
Observe qual é o fator mínimo de cada escolha. Não se distraia e nem invente desculpas, seja coerente e realize o fator mínimo.
Ser coerente é plantar uma árvore e cuidar dela. Quando chegar o momento ela lhe dará sombra, dará frutos e alegrará sua vida. Ao cuidar dela você terá sua alegria multiplicada.
Ser coerente é escolher cursar enfermagem, estudar muito e ser um ótimo profissional que fará o bem para muitos e estará apto a crescer na profissão.
Com a coerência todos ganham.
Para saber mais sobre o Fator Mínimo pesquise no Blog Caminho Nobre
FONTE: http://www.nascervariasvezes.com/…/oito-dicas-para-voce-ven…

quinta-feira, dezembro 22, 2016

RESPEITA A QUEM TE OUVE


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Se falas, vê quem está ouvindo e respeita a audição daquele que te tolera.
A educação manda dividir o tempo de falar e de ouvir. Não sejas imprudente com o teu próximo.
Não estás precisando dele para te ouvir? Por que abusar?
Nós todos precisamos uns dos outros na seqüência da própria vida. O professor que não valoriza o aluno, fica no esquecimento e retarda os seus conhecimentos. O patrão que se esquece dos seus empregados perde seus tesouros. Uma nação que não cuida dos seus filhos, passa a pedir auxílio às outras que cumprem o dever para com aqueles que trabalham. O nosso próximo é a nossa primeira meta de vida.
Se desrespeitas as leis que regulam o próprio corpo físico em que habitas, este vai se reduzindo na capacidade de viver e sofre as conseqüências. Voltamos a dizer da necessidade da harmonia em tudo e em todo lugar em que estivermos.
A mecânica do Universo está em plena harmonia com o Criador. Se tu somente falas e exiges, desagradas a teu companheiro e ele, insatisfeito, foge da tua presença, propagando esse teu desequilíbrio. Será que não dá para veres e sentires teu procedimento de imposição?
Pensa bem no que fazes durante o dia, analisa passo a passo os teus feitos e corrige os maus hábitos, herança antiga de más companhias e de ausência de educação dos teus impulsos, que desconhecem a disciplina. Quando teus amigos forem desaparecendo, desconfia do fenômeno e passa a estudar a ti mesmo, nas variadas modalidades em que vives.
Conserta o que estiver errado, apara as arestas e opera as tuas imprudências, como se fossem tumores malignos. Quem dá o primeiro alarme de teu desrespeito para com os outros são teus familiares, depois os que não te toleram. Os que te dedicam amizade mais profunda sempre se calam para não te ferir porque o Amor cobre a multidão dos pecados.
Faze a auto-análise do que pensas, do que fazes, do que falas todos os dias e jamais deixes de trabalhar por teu aprimoramento. A iluminação interna é a chave da tua própria paz. Não procures o céu fora do teu peito, pois ele mora contigo, se já não o transformaste em zonas inferiores. A tua felicidade depende de ti, porque a parte de Deus já foi feita. A luz existe tanto dentro do coração do santo quanto do teu, dependendo da tua vontade para acendê-la.
Somente tu és teu próprio benfeitor, no verdadeiro termo da palavra. Confia em Deus e parte para o trabalho em todas as diretrizes que o Amor determinar que os resultados não falharão. Se achas difícil modificar o que está feito, és uma alma que está morrendo na pauta da existência cósmica, mas é bom que te lembres de que não há morte permanente. Terás que acordar com a presença da dor, que carrega em seu carro inúmeros infortúnios e problemas sem conta para que cuides da tua própria vida, como cuidaram os que estão vivos em Cristo, na plenitude de Deus.
Quem está conscientizado do modo de viver bem, tem o maior respeito pelos que viajam com ele no mesmo caminho. Esse é o querer para nós o que desejamos para os outros, inspirado no amor a Deus sobre todas as coisas.
lancellin/João Nunes Maia do Livro Cirurgia Moral
isabelllinha

quinta-feira, dezembro 15, 2016

Força e coragem

Nenhum texto alternativo automático disponível.
Força e coragem
Você se considera uma pessoa de coragem?
E, se tem coragem, também tem força o bastante para suportar os desafios da caminhada?
Em muitas ocasiões da vida, não sabemos avaliar o que realmente necessitamos: se de força ou de coragem.
E há momentos em que precisamos das duas virtudes conjugadas.
Há situações que nos exigem muita força, mas há horas em que a coragem se faz mais necessária.
Eis aqui alguns exemplos:
É preciso ter força para ser firme, mas é preciso coragem para ser gentil.
É preciso ter força para se defender, mas é preciso coragem para não revidar.
É preciso ter força para ganhar uma guerra, mas é preciso coragem para se render.
É preciso ter força para estar certo, mas é preciso coragem para admitir a dúvida ou o erro.
É preciso ter força para manter-se em forma, mas é preciso coragem para ficar de pé.
É preciso ter força para sentir a dor de um amigo, mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.
É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los.
É preciso ter força para suportar o abuso, mas é preciso coragem para faze-lo parar.
É preciso ter força para fazer tudo sozinho, mas é preciso coragem para pedir apoio.
É preciso força para enfrentar os desafios que a vida oferece, mas é preciso coragem para admitir as próprias fraquezas.
É preciso força para buscar o conhecimento, mas é preciso coragem para reconhecer a própria ignorância.
É preciso força para lutar contra a desonestidade, mas é preciso coragem para resistir às suas investidas.
É preciso força para enfrentar as tentações, e é preciso coragem para não cair nas suas armadilhas.
É preciso ter força para gritar contra a injustiça, mas é preciso muita coragem para ser justo.
É preciso força para pregar a verdade, mas é preciso coragem para ser verdadeiro.
É preciso força para levantar a bandeira da paz, mas é preciso coragem para construí-la na própria intimidade.
É preciso ter força para falar, mas é preciso coragem para se calar.
É preciso força para lutar contra a insensatez, mas é preciso coragem para ser sensato.
É preciso ter força para defender os bens materiais, mas é preciso coragem para preservar o patrimônio moral.
É preciso ter força para amar, mas é preciso coragem para ser amado.
É preciso ter força para sobreviver, mas é preciso coragem para aprender a viver.
Enfim, é preciso ter muita força para enfrentar as batalhas do dia-a-dia, mas é preciso muita coragem moral, para vencer-se a si mesmo.
Força e coragem: duas virtudes com as quais podemos conquistar grandes vitórias. E a maior delas é a vitória sobre as próprias imperfeições.
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A coragem de vencer-se antes que pretender vencer o próximo, de desculpar antes que esperar ser desculpado e de amar apesar das decepções e desencantos, revela o verdadeiro cristão, o legítimo homem de valor.
Por essa razão a coragem é calma, segura, fonte geradora de equilíbrio que alimenta a vida e eleva o ser aos altos cumes da glória e da felicidade total.
(Da equipe de redação do Momento Espírita)
copiei daqui:
http://www.reflexao.com.br/?sect=mensagens&t=ler&id=759

sábado, junho 11, 2016

O Limite e a Tolerância
Tudo que é "perfeito" tem limites impostos pelo seu próprio ser ou estado de "perfeição": um ser que manifeste as suas qualidades não o pode fazer sempre em todos os aspectos. O imperfeito, além de não manifestar sua potencialidade, quando o faz, pode fazê-lo de modo a não preencher as características do seu ser.
O homem é um ser social e possui uma individualidade. Não é perfeito e portanto, sob diversos aspectos, limitado. Precisa viver consigo mesmo e com os outros, porém, as leis pessoais não são as mesmas que as sociais. Pelo valor que é a individualidade, alguns homens são melhores em certos aspectos; outros, em outros, e assim a sociedade se completa e a vida social é possível. Mas a moeda tem outra face e o fato das pessoas diferirem em tantos aspectos pode gerar atritos de valores. Os limites das pessoas também são diferentes. Neste ponto começa o limite entre o pessoal e o social. Existem situações que podem ser ignoradas, passíveis de serem aceitas, em prol da sociedade, do bem comum. Mas o limite não é fixo, pode variar muito: toleramos algo numa manhã, mas se o mesmo assunto for apresentado à noite..., passa dos limites. Quereríamos que este limite fosse mais elástico, e de certo modo o é. O limite da tolerância tem por um lado a manutenção da individualidade e por outro a inclusão do individual no social. Se isto não ocorrer, alguns perdem sua individualidade e outros são excluídos e preferem se isolar do convívio social.
Neste conviver, o homem percebe que seus sonhos nem sempre são realidades quando se analisa na perspectiva do tempo. A certeza da morte o incomoda, seja pelo desejo de realizar-se, de deixar uma contribuição para a sociedade, ou pelo nihilismo teórico-prático em que muitos podem mergulhar.
Nossa liberdade é o preço da nossa existência, segundo Rodríguez-Rosado (1976). Existimos como seres humanos livres. Se não tivéssemos liberdade, nossa existência com certeza não seria da mesma forma. Seríamos outros seres, incapazes de optar, pois nosso protocolo seria rígido. Ao optar, por exemplo, entre ficar em casa estudando ou sair com os amigos para descansar, em qualquer um dos casos, mostraremos que somos livres - e responsáveis -, mas pagaremos o preço da nossa livre decisão. Cada ser humano pode optar, e ao escolher exclui algo. E todas as nossas ações podem ser vistas por terceiros, que nos rotulam em função das nossas ações. Existimos e somos, mas nem sempre gostamos de ser rotulados pelos nossos defeitos, modos etc. Algumas pessoas possuem defeitos mais evidentes, que se manifestam no convívio social. A semelhança de uma verruga negra e grande na ponta do nariz; caso estivesse escondida em outra parte do corpo, chamaria menos a atenção. Assim são nossos defeitos. Muitas vezes eles são evidentes, outras não.
A mente humana por vezes tende a caricaturizar em função dos traços ou atitudes negativas daqueles que nos cercam. Melhor seria ver os aspectos positivos dos outros: é mais fácil ensinar algo do que fazer alguém esquecer alguma coisa. Assim, poderíamos afirmar que a primeira impressão é a mais forte. Mas as pessoas mudam, por conta própria ou com a ajuda de terceiros. E no processo de mudança se percebe, por um lado, um limite pessoal; por outro, uma tolerância social. No final de cada interrelação, ambas as partes são capazes de exibir um estado superior ao anterior. É sobre estes pontos que iremos tecer algumas considerações.
A tolerância
A palavra tolerância provem do latim tolerantia, que por sua vez procede de tolero, e significa suportar um peso ou a constância em suportar algo. Teve no passado, e com sentido negativo, a função de designar as atitudes permissivas por parte das autoridades diante de atitudes sociais impróprias ou erradas. Hoje em dia, pode ser considerada uma virtude e se apresenta como algo positivo. Esta é uma atitude social ou individual que nos leva não somente a reconhecer nos demais o direito a ter opiniões diferentes, mas também de as difundir e manifestar pública ou privadamente(1).
Tomás de Aquino diz que a tolerância é o mesmo que a paciência(2). E a paciência é justamente o bom humor ou o amor que nos faz suportar as coisas ruins ou desagradáveis. Ao tratar do tema da justiça, o Aquinate também nos indica que "a paciência - ou tolerância - é perfeita nas suas obras, no que respeita ao sofrimento dos males, em relação aos quais ela não só exclui a justa vingança, que a justiça também exclui; nem só o ódio, como a caridade; nem só a ira, como a mansidão, mas também a tristeza desordenada, raiz de todos os males que acabamos de enumerar. E por isso, é mais perfeita e maior, porque, na matéria em questão, extirpa a raiz. Mas não é, absolutamente falando, mais perfeita que as outras virtudes, porque a fortaleza não suporta os sofrimentos sem se perturbar, o que também o faz a paciência, mas também os afronta, quando necessário. Por isso, quem é forte é paciente, mas não, vice-versa. Pois a paciência é parte da fortaleza."(3)
A diferença de abordagem, seja ela histórica ou dentro dos diferentes campos das ciências particulares, nos permite observar que dentro das humanidades, a tolerância diz respeito ao ser humano ou a sociedade, enquanto que nas ciências exatas, está baseada em leis físico-químicas e biológicas. Alguns exemplos ilustram o uso da palavra (in)tolerância ao longo dos séculos.
No final do séc. XVI, muito se falou de tolerância religiosa, eclesiástica ou teológica. Hoje em dia também se tolera - pacientemente - em pontos que não são essenciais de uma determinada doutrina mesmo que seja em detrimento da mesma, mas para uma melhor convivência social(4).
No passado (desde meados do séc. XIX), maison de tolérance(5) era a casa ou zona de prostituição: muitos toleram esses locais, procurando evitar, assim, a disseminação desses costumes em toda sociedade.
Na medicina, a palavra "tolerância" é utilizada para significar a aptidão do organismo para suportar a ação de um medicamento, um agente químico ou físico. Desta forma, as diferentes espécies toleram de diferentes modos os microrganismos: alguns adoecem e morrem, a outros nada ocorre. Os níveis de tolerância à radiação têm tal limite... Tecnicamente, a tolerância é o limite do desvio admitido dentro das características exatas de um objeto fabricado ou de um produto e as características previstas. Não são todos que suportam os medicamentos, e algo que está fora das normas algumas vezes pode ser tolerado. E assim pode se falar também de suportar fisicamente ou mentalmente algo pesado; em tolerar erros gramaticais; assim, podemos descer um degrau, recebendo o conhecimento neste nível, o qual é mais tolerável; algo pode ser tolerável, inclusive indiferente, aceitável: "o almoço foi bastante tolerável". Até mesmo dentro da ecologia Odum (1953) no seu livro Fundamentos de Ecologia coloca exemplos de limites de tolerância dentro da natureza(6).
Dentro das leis físicas, o universo tende a se desorganizar. Por outro lado, tudo que está vivo, tende a se organizar. Mas o homem, sendo livre, pode "ajudar" a desorganizar o mundo. Como num processo de tentativa e erro, as pessoas buscam soluções para viver consigo mesmo e com as demais. Às vezes parece que temos na mão um saco cheio de bolas, que tentamos arremessar e colocá-las dentro de um buraco distante. De modo simplista, dizemos que podemos acertar ou não, mas na prática, as coisas não ocorrem bem assim. O acerto aparece como uma vitória. Foram centenas de arremessos, e um acerto! Tolerar é aceitar os limites, é na realidade ser paciente. A paciência é justamente aceitar o desagradável, com bom humor.
Também na literatura universal, existem alguns provérbios que nos recordam a tolerância.
Tolérance n’est pas quittance(7), que poderíamos traduzir por: "Tolerância não é liberdade total...". Numa pequena cidade do interior, um deficiente físico, sem pernas, perambulava pela cidade com auxílio das duas mãos e o apoio do tronco. Durante anos, no seu trajeto, era debochado por um homem que dizia: - Vai gastar o... Um dia ele perdeu a paciência e matou o importunador. Na justiça, o aleijado foi duramente atacado, e tido como assassino cruel. O advogado, ao iniciar a defesa, falou durante dez minutos elogiando a qualidade de cada membro do júri, até que o juiz interrompeu: - Se o senhor não iniciar a defesa, não permitirei que prossiga. Sabiamente, o advogado respondeu: - Meritíssimo, se o senhor não agüentou dez minutos de elogios, imagine a situação do réu que suportou anos de insultos... Nestes casos, pode valer o provérbio: "Não seja intolerante a menos que você se confronte com a intolerância"(8).
Quanto à tolerância, costumamos atuar, como diz o provérbio, "com dois pesos e duas medidas": tendemos a ser muito complacentes com os desvios de nossa conduta (e isto quando os reconhecemos...) e implacáveis com os outros: não lhes damos o tempo necessário para mudar. De fato, abandonar um mau costume e atuar de modo completamente oposto é uma tarefa que exige esforço e pode durar meses ou anos... E, quanto aos outros, exigimos que tudo ocorra no mesmo instante, esquecendo que as coisas têm seu ritmo natural. Um feijão demora para germinar, crescer, florir, dar a vagem... e nós às vezes somos semelhantes às crianças, que deixam o feijão no algodão do pires com água, e no dia seguinte se decepcionam com a ausência de vagens. Para viver, deixar viver(9).
O que leva duas pessoas a entrarem em discórdia? A invasão do direito alheio, o ultrapassar o limite de tolerância, a incapacidade de compreensão mútua ou própria, a falta de empatia, a nossa própria natureza, o nosso temperamento. Somos limitados, e isto se manifesta também no modo tosco com que nos relacionamos muitas vezes com as pessoas.
A distância que existe entre as pessoas, em parte é criada por cada um. Às vezes percebemos que com alguns, já num primeiro momento, se consegue chegar perto, e falar sem gritar ou mandar mensageiros, mas nem sempre é assim. É preciso usar a inteligência, para encontrar o caminho da comunicação entre as pessoas. Inteligência e vontade de querer se comunicar... ou não.
Os limites
Nossas limitações são patentes. Não somos o que queremos, não fazemos tudo que sonhamos, não temos o dom de estar onde desejamos. Dentro destes limites é que nos movemos. Conhecer os limites pessoais e os dos outros - pois somos seres que não se repetem - é uma tarefa que dura toda a vida. O limite também não é algo estático, as pessoas mudam. Logo, o sistema de comunicação entre as pessoas é algo dinâmico e tem suas "leis" próprias, que cabe a cada um descobrir em cada momento. Em vez de gastar tempo reclamando que não existe comunicação, poderemos empregá-lo, verificando como estabelecer esta relação.
Por outro lado, quando as pessoas se aproximam, uma tem em relação a outra uma expectativa. Na prática existe também um pré-conceito, mas por ora, vale a pena refletir sobre a expectativa.
Expectativa
Nossas atividades estão inseridas no contexto da expectativa. Spes em latim, significa tanto esperança como expectativa de algo feliz. Um novo emprego, um novo trabalho, uma nova amizade geram expectativas. Alguns defendem a postura de não ter expectativa de nada, e assim, o que ocorrer de bom nos fará felizes. Mas isto não condiz com a etimologia da palavra. Temos esperança de que se agirmos de um modo, seremos felizes. Se nos relacionamos com alguém, é porque precisamos deste alguém, ou gostamos de estar com ele.
Quando um aluno se aproxima do professor para pedir um estágio, ambos têm uma expectativa. Explicitar estas expectativas um ao outro, evita a decepção. O combinado não sai caro, reza o ditado popular. Desta forma se evitaria a conhecida antropofagia...
A antropofagia nos une, quando os interesses pessoais têm a possibilidade de serem supridos pelas habilidades alheias. Agumas vezes o aluno apenas quer uma bolsa, ou aprender uma técnica, publicar um trabalho, decidir sua vida profissional; ou talvez ele esteja querendo ficar no estágio uma semana, um mês, um ano... sua vida toda. E como iremos saber se não perguntarmos? O professor também espera algo do aluno. Às vezes de modo possessivo, outras vezes de modo diferente, como mão de obra. Pode pensar também num talento para vida acadêmica, e se por um lado vê um discípulo, não pode deixar de encobrir as dificuldades pelas quais irá passar. Mas isto tudo, não passa de dúvidas. Um tem expectativa do outro, e nada mais lógico e razoável que exista um diálogo entre ambos, antes de iniciar as atividades. Alguém tem expectativa de alguém, mas ninguém não tem expectativa de ninguém... E os outros são para nós alguém... ou ninguém?!
Compreensão
Compreender cada um como é, acaba sendo o melhor modo de interagir. As vezes as pessoas precisam de peixe, outras vezes, precisam de trabalho educativo sobre a pesca, e sempre atenção externa de outras pessoas. Todos precisamos de cúmplices em nossas atividades.
Compreender, querer, perdoar. Esta tríade resume bem o relacionamento humano ideal. Da cultura popular somos capazes de lembrar: "Deus perdoa sempre, os homens de vez em quando, a natureza nunca" ou "Errar é humano, perdoar é divino". O perdão absoluto é divino. Nós podemos ter o ideal de perdoar, mas nem sempre conseguimos, como na terrível fórmula: "Perdoar, eu perdôo; mas esquecer, não esqueço...".
O erro das pessoas leva às vezes a conseqüências sérias para um perdão imediato. A reação pessoal ou social contra aquele que errou, pode ser irasciva, vingativa, punitiva. Mas o que se quer mesmo, é que aquele que errou, e com isto de certa forma agrediu, reconheça e mude. Talvez precise sofrer as conseqüências do seu ato para merecer o perdão. Não reconhecer o próprio erro ou de certa forma encobri-lo já consiste em parte da pena, por não se adequar com a verdade. Perdoar antes porém, abre uma porta honrosa para o agressor, que não precisa gastar tempo se justificando. Aqui vale mais uma definição do ser humano: aquele que é capaz de se desculpar e justificar em todos os seus atos, mas que ficaria envergonhado de manifestar esta desculpa ou justificativa em voz alta para outros. Sim, as desculpas que damos a nós mesmos para fazer coisas erradas, não convencem...
O castigo piora o ruim e melhora o bom, e como o bom deve ser melhorado, não se deve evitar o castigo. Mas, o ruim? Não merece o castigo, ou além do castigo precisa de algo para melhorar? Talvez precise também da compreensão... As pessoas aprendem também pelos erros, próprios ou alheios, históricos ou do presente. Quanto maior o erro, piores as consequências, e menores as chances de errar de novo. A evidência do erro para a sociedade mexe com os brios daquele que errou. A compreensão não pode ser confundida com a cumplicidade no erro; a cumplicidade está associada ao desejo de ser solidário com a pessoa que errou e disposição de ajuda para reverter esta situação. Esta aventura de compreender implica num compromisso. O amigo, é aquela pessoa que apesar de conhecermos perfeitamente como é, continua sendo amigo ou: "O amigo é o amigo do amigo".
O perdão, pode ser imediato ou não, com consequências ou sem elas. Ora, o tempo é apenas uma convenção, mas nem por isto deixa de existir... As pessoas, como o bom vinho, melhoram com o tempo ou, para continuar remetendo a provérbios: "O tempo é o melhor remédio". As pessoas, como já dissemos, buscam sempre uma justificativa para os seus atos, e também para perdoar. Em todos estes casos, é difícil ter a medida, pois a pena deve ser proporcional a ofensa, e o ofendido mostra que é grande, perdoando. As leis positivas neste sentido são como que a segurança da sociedade, na tentativa de se estabelecer uma medida; um verdadeiro protocolo social a ser atingido.
Sintonia
Uma rádio que está sintonizada, pode ser escutada sem ruídos, interferências. Escutar é um ato humano que reflete uma disposição interior. Peter Drucker dizia que "o verdadeiro comunicador é o receptor". Escutar é permitir o diálogo. A prática medieval de dialogar num debate, merece ser lembrada. Enquanto um falava, o outro era obrigado a escutar, pois antes de colocar seu ponto de vista, era obrigado a repetir a idéia do primeiro - com sua expressa aprovação - antes de colocar a sua resposta. Alguns têm o defeito quase físico de não escutar e a partir deste ponto seguem as discórdias.
Essencial, importante e acidental
Uma classificação das realidades pode incluir estas três divisões: essencial, importante e acidental. Talvez exista desacordo no que incluir em cada item. Pensar antes de discutir se aquilo é essencial ou importante ou acidental, em muito reduziria as discussões. Usar a inteligência para identificar exatamente onde se pretende chegar, também é uma forma de diminuir os problemas. Seja na via direta, não "criando" problemas, seja indiretamente, pela compreensão das realidades limitadas.
"Humildade não faz mal" - esta máxima popular, ajuda a retratar mais uma vez a dificuldade que temos de enxergar o mundo real. Por um lado, temos esta deficiência, e por outro temos a teimosia de justificar os atos errados. Se o diálogo amigo nos faz ver o erro, nada melhor que reconhecer. A humildade é a verdade... e a humildade não faz mal!
Ignorância e preconceito
As pessoas muitas vezes não atuam de modo errado por má fé, e sim por ignorância. Com certeza fariam de modo distinto, se soubessem como fazer. Esta tarefa não tem fim, e questionar-se sobre o empenho pessoal de diminuir o nível de ignorância, nos faria no mínimo reconhecedores da dívida social que carregamos. Aprendemos tanto, e por este motivo somos capazes de questionar as deficiências. Não são os professores e pais os únicos interessados. Ninguém dá o que não tem, e por isto sempre temos algo que dar a outrem, e assim diminuir a ignorância.
Outro ponto é o preconceito... O preconceito gera um prejuízo (e também um prejuízo). Uma idéia pré-concebida cria uma barreira para compreender a realidade. Uma pessoa que não queira ouvir, ver ou escutar, tem muitas vezes o preconceito de não aceitar que os outros possam pensar de modo diferente.
Considerações finais
A incapacidade pessoal provada, leva a ressaltar os possíveis limites alheios em vez de reconhecer os próprios.
No convívio social, a tolerância com os demais, clama por uma interação. Ou se ajuda, ou se atrapalha. A indiferença explica mas não resolve.
Mas a quem ajudar? E como ajudar? Castiga o bom e ele melhorará, castiga o ruim e ele piorará. Ou É melhor ensinar a pescar que dar o peixe. Como resolver situações pontuais, sem levar em conta o princípio da subsidiariedade? Se ajuda quem precisa, até que ela tenha condições de independência para aquele tipo de ajuda. Assim se respeita a autonomia, se exerce a autoridade, se compreende o verdadeiro valor da humildade.
As crianças mimadas representam um problema para a sociedade. As pessoas precisam de afetividade, mas mimar é dar mais do que elas realmente precisam. Com certeza, a tolerância e sua medida requerem um salutar e apaixonante exercício de análise e síntese. Esta é a postura de quem quer simplificar as coisas para ter o tempo livre, ou o ócio tão necessário em nossos dias.
Tolerância zero, é um tipo de lei social, que não permite o erro sem punição. Isto é levar em conta, que as pessoas são boas... Castiga o bom e ele irá melhorar... Mas o homem não é bom por natureza. Ele pode se fazer bom, se tem disposição de ser, pois o homem é um ser axiotrópico.
Não ter tolerância com qualquer tipo de erro, de certa forma ajuda a resgatar o que é próprio da personalidade humana: participação, unicidade, autonomia, protagonismo, liberdade, responsabilidade, consciência, silêncio, provisoriedade e religião. Höffner (1983). Cada uma das características do ser humano poderiam ser exploradas neste estudo, mas o protagonismo talvez seja o que mais atenção mereça. Somos sujeitos do nosso pensar, agir e omitir. Nossos atos assumem um caráter irrevogável do nosso eu. Podemos arrepender-nos, mas não nos desfazer nossos atos(10). E numa sociedade onde tudo é socialmente aceito, tudo acaba sendo tolerado. As pessoas perdem a noção do que é certo ou errado. A inteligência deixa de discernir, e a vontade fica fraca para agir. As pessoas prezam o que lhes é caro, e o dinheiro é caro a todos. Assim multar é uma forma de obrigar as pessoas a refletirem sobre si mesmas e a sociedade. Isto não é um direito, é uma tolerância(11).
Quem não vive como pensa, acaba pensando como vive. Aprender a observar a realidade do ser pessoal e do ser social é a melhor forma de compreender o limite que existe nas coisas e nas pessoas. Caso contrário, gastar-se-ia tempo moendo água, encontrando defeitos onde existem apenas características. Com certeza assim, seremos mais tolerantes com os outros e conosco próprios.
Para finalizar, vale a pena recordar os ensinamentos de Sócrates, recolhidos por Reale & Antiseri (1990) "A felicidade não pode vir das coisas exteriores, do corpo, mas somente da alma, porque esta e só esta é a sua essência. E a alma é feliz quando é ordenada, ou seja, virtuosa. Diz Sócrates: Para mim quem é virtuoso, seja homem ou mulher, é feliz, ao passo que o injusto e malvado é infeliz. Assim como a doença e a dor física são desordens do corpo, a saúde da alma é a ordem da alma - e esta ordem espiritual ou harmônica interior é a felicidade"(p. 92).
copiei daqui:
http://www.hottopos.com.br/…/o_limite_e_a_toler%C3%A2ncia.h…


domingo, junho 22, 2014

Distrações em uma estrada para o sol

Filosofia Clínica
Distrações em uma estrada para o sol
Uma menina passou pelas páginas de Goethe

Por Lúcio Packter


Uma menina passou pelas páginas de Goethe. Ela caminhava para o sol (o sol dela, com borboletas e passarinhos, pois o sol dela era assim); ela se envolveu com pessoas e situações que prometiam promover sua caminhada para o sol. Mas esse aceno existencial era um engodo, não proposital, pois nem mesmo quem acenava para ela sabia que distraía a menina de sua jornada rumo aos passarinhos. O brilho, a retórica, os sons que emanavam pareciam celestiais, mas eram dos abismos. Sedução e aspectos sociais eram alguns dos elementos responsáveis por tais enganos.
Mas então a menina das páginas de Goethe, distraída de seu caminho, afastada dele, ao tomar contato com aqueles contextos e pessoas que lhe acenaram, fez uma importante descoberta. Aqueles que lhe causavam dor, medos, aborrecimentos não eram menos desenvolvidos existencialmente como ela pensava (e pensava isso pela dor que eles causavam a ela). Ela descobriu que ela mesma era o elemento retrógrado, atrasado, medieval, e não as pessoas que estavam no abismo! Soube disso quando olhou para cima, viu as pessoas do abismo acima dela. Ora, mas onde então estaria a menina? Estava ainda abaixo, mais baixo; precisaria ainda caminhar muito para chegar ao abismo e para poder sonhar com seu sol. O sol estava mais perto do abismo do que dela. Aqueles qque lhe acenavam, que estavam presumidamente mais desenvolvidos, causavam dor a ela?! Como isso era possível? Uma das formas era quando orientavam a menina a ser participativa e não competitiva; a ser afetuosa, e não possessiva; a ser piedosa e não rancorosa; isso lhe originava dor.
Como poderia saber a menina o que se passava? Philip Roth, em Teatro de Sabbath, escreveu: "As parvoíces em que temos de nos meter para chegarmos aonde temos de chegar, a extensão dos erros que precisamos cometer! Se nos informassem antecipadamente de todos os erros, diríamos não, não posso fazer isso, têm de arranjar outro qualquer, eu sou demasiado esperto para fazer essas asneiras"
Na caminhada rumo ao sol, a metáfora filosófica, alguns se distraem achando que são o que conquistaram, o que fizeram, o que se tornaram, o que aconteceu com eles durante a jornada existencial que é a vida. Assim, se os negócios são arruinados, a pessoa pode querer se matar, pois se julga destruída; se um amor é desfeito, a dor da rejeição atinge a essência, e a pessoa pode querer pôr um final à existência; se ganha todos os prêmios da sociedade dos homens, pode achar-se um ser superior, um líder.
Os eventos ao longo da historicidade de vida evidenciam onde a pessoa esteve, com quem, o que aconteceu. A pessoa é a escuna que navega os eventos, não os eventos, ainda que determinadas identidades se formem por amálgamas e a pessoa possa se tornar um trecho ou um evento da trajetória que é a historicidade de vida (um caso complexo, mas possível). São distrações prováveis da caminhada para o sol de cada um. Para que essas distrações ocorram, determinadas ferramentas são instrumentalizadas, como o esquecimento. Olhe o que Brecht escreveu sobre o assunto:
"Bom é o esquecimento.
Senão como é que
O filho deixaria a mãe que o amamentou?
Na velha casa
Entram os novos moradores.
Se os que a construíram ainda lá estivessem
A casa seria pequena demais.
O fogão aquece. O oleiro que o fez
Já ninguém o conhece. O lavrador
Não reconhece a broa de pão."
Os protocolos, as burocracias existenciais... em uma caminhada em direção ao sol, o sol de cada um, se cada um tiver um sol para ir e para lá pretender andar. Um desvio corriqueiro costuma aparecer por conta dos labirintos protocolares nas experiências. Tradução: complicar o que é simples e que é infenso às complicações burocráticas. Exemplos: remoer indefinidamente assuntos vencidos, meter-se em conjecturas que levam a outras sem fim, ocupar- se de padecimentos menores que encobrem a bela jornada... etc. Estes podem ser alguns dos desvios, das distrações. Muitas pessoas, quando a vida já vai longe, costumam confessar que gostariam de não ter dado tanta ênfase quanto deram a pequenos dissabores, enganos, dores, medos. Na ocasião, alguns sabiam disso, mas se deixaram encantar por protocolos, os diminutos labirintos que consomem parte da graça da vida.
Uma das maiores distrações: acreditar nos problemas por aquilo que eles não eram, ter compreendido que eram motivo de descrença, desânimo, dor, medo, amargura. Quando a menina envelheceu, entendeu que os problemas são provavelmente placas de trânsito, que avisam quando ir devagar, quando estacionar, quando existe curva aguda no caminho. Não é assim para todos, mas foi assim para ela. Como diferenciar quando um problema é uma placa de trânsito ou outra coisa?

terça-feira, setembro 10, 2013

Neutro em CO2

 
 
 
Meu Blog é neutro em CO2, neutralize o seu também. Saiba como.”
Meu Blog é neutro em CO2, neutralize o seu também. Saiba como.”

segunda-feira, julho 15, 2013

Cartas de Cristo

Divulgando pra ter mais parcerias na leitura


http://www.cartasdecristobrasil.com.br/downloads.php

quinta-feira, abril 25, 2013

Se


Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!
Rudyard Kipling

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sábado, fevereiro 23, 2013

Aprendendo a ter Cuidado ao Falar

 
Nós deveríamos ter muito cuidado com as nossas falas.
Escolher com plena atenção as palavras que vamos usar, o tom de voz, a entonação e, principalmente, a energia que será colocada.
Muitas pessoas reclamam que falaram algo de forma normal e foram respondidas de modo grosseiro. O que acontece, na maior parte das vezes, é que a fala apesar de aparentar normalidade veio com algo mais que a pessoa que falou não percebeu.
Por exemplo, ressentimento, irritação, raiva, mal humor, pouco caso, sarcasmo, autoritarismo, etc..
É isso mesmo, algumas pessoas não percebem como falam, mas quem está do outro lado sente imediatamente a energia colocada ali e nós não respondemos simplesmente as palavras e sim a energia, emoção, sentimento que vem junto a elas.
Além do que, o que falamos e a forma que falamos retornam imediatamente para nós mesmos. Se falamos com raiva, quem está sentindo a raiva? Se falamos com ressentimento, mágoa, irritação, quem está sentindo tudo isso? Primeiro sempre quem falou, depois o outro pode, ou não, porque será escolha dele, se sentir magoado, chateado, triste com o que falamos.
Então, se não pelo outro, por você mesmo, pense antes de falar, escolha as palavras, procure ser gentil, amoroso, usar um tom conciliador, divertido e por que não, feliz?
Este é um exercício que devemos fazer diariamente, estarmos atentos as nossas falas, as palavras e emoções que colocamos nelas.
Podemos ir além, percebendo também nossos pensamentos, porque antes da fala há um pensamento, mesmo que rápido, mesmo que quase imperceptível e todo pensamento traz com ele uma emoção ou sentimento. Portanto, se conseguimos estar conscientes de nossos pensamentos começamos a poder usar o nosso livre arbítrio de forma bem mais plena e a tomar, de fato, as rédeas de nossa vida.
Quem se deixa levar pelas emoções geradas pelos pensamentos, que podem se transformar em falas e atitudes negativas, não é livre, é escravo de seus impulsos.
Uma forma de conseguir ter esse controle é parar, aquietar a respiração e assim fazer contato com a nossa parte mais profunda e também mais verdadeira de nós mesmos. É aí que acessamos a paz, o equilíbrio e a harmonia que tanto buscamos.
Vamos tentar? Procure um local calmo, sente-se confortavelmente, mas com a postura ereta e deixe a sua respiração ir se aquietando, sem pressa, deixe também os pensamentos passarem sem se envolver com eles.
Percebeu que entrou na história do pensamento, volte novamente a sua atenção para a respiração. Só isto. Toda vez que perceber que está angustiado, pensamentos a mil, ansioso, dê um tempo para você mesmo. Se permita parar, silenciar, sentir a paz do não fazer.
*Sandra Rosenfeld
Escritora, Coach Pessoal, Palestrante e Instrutora de Meditação. Autora do livro O que é Meditação, Ed. Nova Era.
contato@sandrarosenfeld.com.br / www.sandrarosenfeldd.com.br,clipping todamulher.com.br

quinta-feira, fevereiro 21, 2013

Ataraxia

de Richard Simonetti

Você conhece a ataraxia, amigo leitor?
Se nunca a viu mais gorda, não se preocupe.
Raros ouviram falar dela.
Eu também, até ler algo sobre Epicuro (341-270 a.C.), filósofo grego, cujo nome está injustamente ligado à licenciosidade e à devassidão, no cultivo do prazer.
Ataraxia é a capacidade de manter-se sereno e tranqüilo, diante dos contratempos e lutas da existência.
Exatamente o que todos almejamos, principalmente na época conturbada em que vivemos.
Epicuro ensinava que ela está associada ao prazer, não aquele sustentado pelo vício e a paixão, na exaltação dos sentidos.
Trata-se do prazer como sinônimo de bem-estar, superados os males do corpo e as perturbações da alma.
Explicava o filósofo:
O bem é fácil de conseguir, o mal é fácil de suportar, a morte não deve ser temida, os deuses não são temíveis.
Segundo Epicuro, a frugalidade está na base dessas realizações.
Comer quando se tem fome, beber quando se tem sede, superar a dor, sustentando a saúde do corpo com a moderação e o empenho por conservar a mente serena com o cultivo dos bons pensamentos.
Nada de vícios que adoecem o corpo.
Nada de paixões que adoecem a alma.

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Os desvios da filosofia epicurista nasceram de um equívoco do filósofo.
Epicuro considerava que a alma perece com o corpo.
Por isso afirmava que não se deve temer a morte. Tudo terminaria na sepultura.
No entanto, fica difícil cultivar a virtude e a moderação sem admitir que a alma é imortal, que responderá um dia por suas ações.
Tudo me é lícito se concebo que não haverá conseqüências nem cobranças póstumas.

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Na atualidade vivemos situação semelhante.
As religiões tradicionais recomendam o cultivo de valores espirituais, que sinalizam a ataraxia. Falta-lhes, entretanto, o essencial – a capacidade de motivar seus profitentes com uma visão objetiva da sobrevivência e da vida além-túmulo.
É tudo vago e fantasioso.
A fé sem compromisso com a racionalidade.
Por isso, as pessoas dizem crer, mas sem maior repercussão em seu comportamento.
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O Espiritismo revive o pensamento epicurista num patamar mais elevado, estabelecendo contato com o mundo espiritual. A partir daí, demonstra ser indispensável a sobriedade para que não se complique o nosso futuro.
E não basta cultivar singeleza, na base do beber quando se tem sede, comer quando se tem fome, preservando o corpo; ou cultivar os bons pensamentos para a estabilidade da alma.
É preciso direcionar nossa existência no sentido de favorecer o bem dos outros, segundo a orientação evangélica:
Dar alimento ao que tem fome, agasalho ao que tem frio, medicação ao enfermo, instrução ao ignorante, consolo ao aflito, orientação ao transviado…
Servir sempre!
Esta a suprema realização, capaz de nos garantir o bem-estar na Terra e no Céu.
Experimente leitor, amigo!
Constatará algo admirável:
No empenho de servir está o mais legítimo caminho para a ataraxia.

Livro Luzes no Caminho