Para que o mundo seja do jeito que a gente quer, a mudança começa conosco, nos pensamentos, ações e sentimentos. Não adianta o ser humano ser bom, se ele tiver pensamentos negativos em relação a si e/ou ao próximo, ou reações tão negativas diante do negativo que reverte pra si o de pior. É necessário que sejamos uno em todas as nossas atitudes mentais, físicas, espirituais, pensar/agir/sentir da mesma forma, superando as diferenças e reagindo ao desconhecido sem pré-conceito, e colocando em prática a lei do amor. Quando conseguirmos juntar essas energias todas e nos tornarmos uno com o universo, teremos aprendido o que Jesus nos ensina, o que a vida nos testa, o que Deus quer de nós. Comunhão. textinho da Chris

sábado, junho 05, 2010

Conviver e Melhorar





Todos nós venceremos com mais tranqüilidade os “solavancos da vida” quando reunidos em uma equipe espírita que nos encoraje a sensibilidade e o crescimento intelectual e, além disso, nos possibilite a descoberta da riqueza de nossos talentos inatos. Assim, estas páginas, que ora passamos às suas mãos, caro leitor, têm como objetivo levá-lo à aprendizagem de novas habilidades, fortalecendo as antigas e aprimorando sua capacidade de realização na lavoura do bem comum.
Observando uma colméia, podemos aprender a nos organizar e a trabalhar em regime de cooperação, como fazem as abelhas. Com elas, aprendemos a conviver e a melhorar, pois são educadoras exemplares. Desde os primórdios das grandes civilizações, essas laboriosas e minúsculas criaturas já eram reverenciadas e louvadas pelos homens, não só pelo eficiente sistema de divisão do trabalho como também pela perfeita comunicação entre elas por meio de sons e movimentos, relacionamentos harmônicos e comportamentos de extrema união. Resistem unidas a qualquer força que as ameace.
Operárias disciplinadas e infatigáveis, sublimam em mel a suave fragrância das flores, transformando sua morada em alegre ateliê, ou mesmo, em usina de artefatos de saúde.
As abelhas foram retratadas nas paredes dos palácios e templos, nos cetros e coroas, bordadas em fios de ouro nos mantos dos soberanos. Sua imagem sempre indicou riqueza, sabedoria, trabalho, organização e prosperidade.
Atendendo ao convite do Mundo Maior, Batuíra e Lourdes Catherine se propuseram a escrever sobre suas experiências junto às criaturas, ensinando-nos
a entender aquelas pessoas que às vezes nos pedem ajuda, dentro ou fora da Casa Espírita; da mesma forma, a responder a elas, a conviver com elas e a aconselhá-las. Instruem-nos ainda a respeitar o desejo delas de sair de onde estão para onde querem ou necessitam chegar. A presença desses Benfeitores Espirituais nesta obra simboliza a interação da razão com a sensibilidade.
O princípio masculino ocupa-se eminentemente da determinação, da lógica, do cálculo, da força, da coragem, da proteção. O princípio feminino está associado à inspiração, às artes em geral, à melodia, às flores e ao simbolismo.
Lourdes Catherine retrata a alma compreensiva, representa a síntese das qualidades femininas, conduzindo-nos ao mais alto entendimento dos problemas humanos. Dialoga conosco sobre a sabedoria da Natureza, encorajando-nos a solucionar os conflitos de relacionamento e a conquistar a elevação espiritual.
Batuíra, apóstolo do Espiritismo, representa os diversos aspectos das qualidades masculinas - energia, ação e força. Dirige-se especialmente aos seareiros do Cristianismo Redivivo, com a finalidade de transformar o grupo espírita num saudável laboratório de relações humanas, para que seus elementos possam melhor servir nas tarefas da Nova Revelação.
Os autores pretendem auxiliar-nos a ter um bom relacionamento com nós mesmos, para que possamos lidar melhor com as personalidades difíceis que encontramos em nossa esfera familiar, nos ambientes profissional e social e, algumas vezes, no grupo de fé religiosa.
Não existem maridos e esposas, pais e filhos, dirigentes e dirigidos, amigos e parentes. Somos todos professores e alunos, partilhando a mesma Escola da Vida, aprendendo uns com os outros. Os papéis que representamos na atual encarnação são aspectos passageiros da personalidade humana, que ocultam a nossa essência verdadeira. Se pudermos enxergar o que há por trás dessa máscara transitória, aí então compreenderemos a razão de nossos relacionamentos - encontros, reencontros e desencontros; e descobriremos seu
significado real.
Nossas necessidades de ascensão evolutiva atraem para nossas vidas indivíduos que têm interiormente fragmentos de lições ou de advertências que precisamos assimilar.
Nossos traços de personalidade são caracterizados pela forma costumeira através da qual percebemos o meio ambiente e a nós mesmos, assim como pela nossa habitual maneira de nos comportar e reagir diante do mundo.
O caráter distintivo das pessoas é um produto complexo das influências do meio em que viveram desde os primeiros dias como bebê (em alguns casos, mesmo antes, no próprio ventre materno) somado às predisposições inatas (resultado de vidas pretéritas).
Ninguém escolhe ter um temperamento complicado intencionalmente.
Quem buscaria, de propósito, edificar para si uma personalidade hipersensível, obsessivo-compulsiva, narcisista, possessivo-agressiva, superdependente, maníaco-depressiva, excessivamente ansiosa ou obcecada por detalhes?
Precisamos compreender e respeitar as dificuldades de mudança das criaturas. Mudar implica longo processo de “demolição / reconstrução”. Não se trata apenas de escutar certas regras de conduta, mas sim de desembaraçar-se de outras tantas acumuladas nas noites do tempo.
Portanto, com que direito decidimos o que está certo ou errado e impomos isso a alguém? Muitos de nós temos o hâbito de dar “lições de moral”
aos outros. Na vida, cabe-nos tão-só promover diálogos fraternos de ajuda mútua; encontros sinceros de alma para alma.
Por fim, despedimo-nos sentindo grande alegria pelo lançamento desta publicação e rogamos ao Mestre Jesus que nos guarde e ilumine cada vez mais, para que possamos entender melhor a vida dentro e fora de nós.
Hammed
Catanduva, SP, 6 de abril de 1999.
do livro Conviver e melhorar
..............................................................................