Para que o mundo seja do jeito que a gente quer, a mudança começa conosco, nos pensamentos, ações e sentimentos. Não adianta o ser humano ser bom, se ele tiver pensamentos negativos em relação a si e/ou ao próximo, ou reações tão negativas diante do negativo que reverte pra si o de pior. É necessário que sejamos uno em todas as nossas atitudes mentais, físicas, espirituais, pensar/agir/sentir da mesma forma, superando as diferenças e reagindo ao desconhecido sem pré-conceito, e colocando em prática a lei do amor. Quando conseguirmos juntar essas energias todas e nos tornarmos uno com o universo, teremos aprendido o que Jesus nos ensina, o que a vida nos testa, o que Deus quer de nós. Comunhão. textinho da Chris

sábado, setembro 17, 2011

AUTORIDADE E AUTORITARISMO

"CADA ESPÍRITO TEM SUA POSIÇÃO DEFINIDA DE RESGATE."  EMMANUEL, O CONSOLADOR
Todo agrupamento social necessita de um líder, alguém que exerça o poder com a finalidade de organizá-lo, dirigi-lo e mantê-lo.

Definimos autoridade como a "capacidade ou habilidade" de exercer o poder, influenciando, em graus diversos (da sugestão à imposição), outras pessoas a realizarem alguma coisa.

O lar, como agrupamento social, também necessita da autoridade estabelecendo comando, administração, regras, sem os quais não seria possível a sua estabilidade e condução. Impossível à sociedade resistir ao caos que sobreviria sem ela.

No ambiente familiar, numa hierarquia natural das leis da vida, compete aos PAIS o dever de exercer o poder, tendo em vista serem responsáveis pelo desenvolvimento físico, social, intelectual, moral e afetivo de seus filhos, os quais dependem dos genitores, desde os primeiros dias de vida, num compromisso assumido na Espiritualidade para prosseguimento de suas experiências evolutivas, na busca da perfeição.

Este desenvolvimento se dará através dos recursos da EDUCAÇÃO. Para utilizá-los, os pais carecem de autoridade em relação aos filhos, mais imensa quanto menor for a idade dos mesmos, pois, somente com o passar dos anos, a criança adquirirá, paulatinamente, discernimento, maturidade e melhor uso de seu livre-arbítrio.

A autoridade dos pais não se configura como um poder absoluto e eterno, mas transitório e maleável, à medida que os filhos forem assumindo as próprias responsabilidades e o poder de escolher e decidir sobre si mesmos.

Quando os pais passam a lutar contra esta independência gradativa de seus tutelados, caem no grave erro do abuso da autoridade, assim como os que utilizam o poder sem medidas, despropositadamente e pelo simples prazer de mandar, de dominar, de se sentirem poderosos .

Aí compreende-se a diferença entre autoridade e autoritarismo.

Uma é o gerenciamemo, a liderança necessária, exercendo o poder para harmonização e equilibrio; o outro é a tirania, o despotismo, exercendo o poder para fins egoísticos e desequilibrados.

Como tutores, têm os pais responsabilidade da melhor orientação moral-espiritual de seus filhos, criando no lar um ambiente favorável ao seu aperfeiçoamento, onde haja diálogo e exemplo como recursos dinâmicos.

Faz-se mister que eles possam se expressar confiantes no espírito de amizade que deve existir no relacionamento familiar, sem que os genitores se sintam sem comando, por partilhar com eles a administração doméstica.

A educadora Tânia Zagury lembra-nos que "é perfeitamente possível a uma pessoa ser democrática e ter autoridade ao mesmo tempo".

Portanto conversar com os filhos, esclarecê-las, dividir decisões nas questões domésticas, explicar-lhes as nossas atitudes de comando, ouvi-las em seus argumentos, não significa abrir mão da autoridade, mas sim exercê-la com competência, transferindo-lhes, gradativamente, o poder sobre si mesmos.

Entretanto, nos lares da sociedade moderna, desde a década de 70, a situação inversa tem-se tornado um problema freqüente: pais com medo de exercer sua autoridade.

Com a enxurrada de autores exagerando na idéia da liberdade infantil, estes pais crêem estar errando, castrando e frustrando seus filhos, e passam a não exercer sua autoridade, temendo proibir, acabando por dar excessiva liberdade, passando a ser dominados pelos caprichos infantis.

Pais passam a obedecer aos filhos, invertendo a ordem natural das coisas, criando uma perigosa situação de irresponsabilidade no lar, submetendo-se às exigências sem fundamento e prejudicando profundamente o trabalho educativo, imprescindível à elevação moral desses espíritos.

E às vezes os pais perdem sua autoridade em situações de conduta reprochável: alcoolismo, má conduta moral ou profissional, etc.

Hilário Silva nos alerta: "Se, no trato da Natureza, a vida pede atenção, como entregar a criança a si mesma?".

Quando os pais deixam de exercer sua autoridade, deixam um espaço (que não ficará muito tempo vazio), espaço este que será ocupado por seus filhos, sem estrutura moral e psicológica para tal, transformando o lar num ambiente de irresponsabilidade, relaxamento e inconseqüências, criando sérios reflexos espirituais para o presente; e para o futuro. Recordemos o aviso de nosso abençoado Agostinho": "Lembrai-vos do que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda?".

Surge, então, uma profunda insatisfação nesses pais, que, sentindo-se dominados, desanimam, passando a se descuidar de seus deveres domésticos no campo espiritual. Perdem seu espaço próprio, sendo sempre preteridos em seus gostos e vontades pelos desejos descabidos de suas crianças, desde coisas mais simples, como um programa de TV, até as mais complexas, como um projeto familiar relacionado a trabalho, local de moradia, lazer, etc.

Joamar Z. Nazareth
copiei do Espiritismo na rede
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