O VALE DOS TATUADOS ( Na visão Espírita )
- Quem são eles? perguntei a Juanito.
- Os guardiões do Vale dos Tatuados.
- Que? Vale dos Tatuados?!
- Sim, estamos nos dirigindo para lá...
- Jessé, mas existe tatuado boa gente. Mesmo assim ele vem para cá?
- Não. Aqui se encontram os comprometidos. Porém, todos aqueles que estragaram sua roupa perispiritual terão de pagar ceitil por ceitil.
- Como assim? Pode explicar?
- O perispírito é a veste do Espírito e o corpo de carne é a veste do perispírito, quando o homem está encarnado. Se agredimos o corpo físico, o perispírito é agredido. Olhe aquele grupo ali: seus componentes tatuaram todo o corpo; corpo e perispírito foram agredidos.
- E por que eles vieram parar aqui?
- Eles se agrupam, fugindo das criaturas normais. Querem chocar a sociedade.
Das tatuagens daquelas figuras saía uma fumaça escura que muito os incomodava.
- Gostaria tanto de falar com um deles!...
- Que deseja, baixinho? Enturmar-se a nós, “os vampiros da corte”?
- Não, amigo, queremos apenas perguntar por que vocês vieram parar aqui. Não queremos acreditar que os tatuados tenham um lugar específico.
- Não, claro que não. Somos livres para ir a qualquer lugar, do inferno ao céu, porém aqui não somos incomodados, a não ser pelos guardas do cordeiro. Mas até eles são valiosos, pois trazem comida e levam os debilitados para os hospitais.
-Quando vocês desencarnaram, arrependeram-se de ter acabado com a pele do corpo físico? Vimos que o irmão está todo tatuado.
Ele olhou o seu corpo e falou:
- Curti, certo? E continuarei curtindo as pinturas feitas na minha pele, mesmo que hoje elas me queimem o Espírito.
- Como? Queimam seu Espírito?
- Claro, seu trouxa. Aí é que mora todo o mal. Dizem os filhos do Homem que nós agredimos o nosso perispírito e só fazendo boas ações veremos apagadas todas essas estampas. Assim dizem eles – falou, dando risadas. – Será que hoje, conversando com você, baixinho, não vou ter uma parte das minhas tatuagens apagada, da qual eu gostaria de me livrar de vez?
Nada respondi...
...Fomos saindo. quando já estávamos quase na porta, uma jovem segurou minhas pernas e implorou:
- Limpe, moço, limpe do meu corpo perispiritual isto aqui.
Olhei-a e vi a figura de satanás batendo no Cristo.
- Por que você fez isso? perguntei, chocado com aquela visão.
- Para chamar a atenção. Depois dessa tatuagem, ganhei a liderança do grupo. Apague-a, filho do cordeiro, apague-a, pelo amor de Deus!
Camélia aproximou-se e falou:
- Você deseja ser ajudada?
- É o que mais quero. Ajude-me, estou farta disso tudo.
- Está bem, acompanhe-me.
Desejei ir junto, porém fui barrado pelo guarda. Camélia e a jovem misturaram-se aos outros, depois não as vimos mais. Só quando já estávamos fora dali Camélia juntou-se a nós.
- E a jovem, não veio?
- Não Luis Sérgio, ela ficou no hospital.
- Hospital de onde? Existe hospital aqui?
- Sim, nas proximidades, e presta auxílio quando querem ser ajudados. Porém, difícil é desejarem.
-Será que um dia isso vai acabar?
- Sim, com a regeneração da Terra.
- Será que não existe um meio de conter o desequilíbrio da alguns jovens, com palestras, conselhos, enfim, fazer algo por eles?
- Irmão, a família é que tem de se fortalecer. Entretanto, existem muitas mães de família que acham linda a tatuagem.
Recitei a passagem de Levitício, 19.28:
Não vos façais incisões no corpo (...), nem marcas da tatuagem. (...)
-Quantos ensinamentos a Bíblia contém e como são atuais seus escritos! O que seria bom era surgir um alerta para o malefício da tatuagem.
Luiz, se até hoje encontramos quem defenda o tóxico, imagine as tatuagens, que muitos julgam inofensivas!...
Do livro: ‘’Mais Além do Meu Olhar’’
Luiz Sérgio/Irene P. Machado
recebi de Irene Machado [DICAS ESPIRITUAIS]