Para que o mundo seja do jeito que a gente quer, a mudança começa conosco, nos pensamentos, ações e sentimentos. Não adianta o ser humano ser bom, se ele tiver pensamentos negativos em relação a si e/ou ao próximo, ou reações tão negativas diante do negativo que reverte pra si o de pior. É necessário que sejamos uno em todas as nossas atitudes mentais, físicas, espirituais, pensar/agir/sentir da mesma forma, superando as diferenças e reagindo ao desconhecido sem pré-conceito, e colocando em prática a lei do amor. Quando conseguirmos juntar essas energias todas e nos tornarmos uno com o universo, teremos aprendido o que Jesus nos ensina, o que a vida nos testa, o que Deus quer de nós. Comunhão. textinho da Chris

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Depois do Natal, a realidade bate à porta, acordemos ...



Eu Acuso - ou sobre o professor em BH

J'ACUSE !!!
(Eu acuso!)
(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)
« Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice.
(Émile Zola)
Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...)
(Émile Zola)
Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado "dano moral" do estudante foi ter que... estudar!). A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro. O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares. Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática. No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que "era proibido proibir". Depois, a geração do "não bate, que traumatiza". A coisa continuou: "Não reprove, que atrapalha". Não dê provas difíceis, pois "temos que respeitar o perfil dos nossos alunos". Aliás, "prova não prova nada". Deixe o aluno "construir seu conhecimento." Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, "é o aluno que vai avaliar o professor". Afinal de contas, ele está pagando... E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de "novo paradigma" (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: "o bandido é vítima da sociedade", "temos que mudar 'tudo isso que está aí'; "mais importante que ter conhecimento é ser 'crítico'." Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno–cliente... Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que "o mundo lhes deve algo". Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.

Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:

EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;
EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a "revolta dos oprimidos" e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;
EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;
EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para "adequar a avaliação ao perfil dos alunos";
EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;
EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;
EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;
EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com
segundo grau completo cresceu "tantos por cento";
EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno "terá direito" de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;
EU ACUSO os que agora falam em promover um "novo paradigma", uma " nova cultura de paz", pois o que se  deve promover é a boa e VELHA cultura da "vergonha na cara", do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;
EU ACUSO os "cabeças–boas" que acham e ensinam que disciplina  é "careta", que respeito às normas é coisa de velho decrépito,
EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;
EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.
EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam "promoters" de seus cursos;
EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;
Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos-clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia. Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de "o outro". A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: "Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita
raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo." Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor "nova cultura de paz" que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.

Igor Pantuzza Wildmann
Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.


fonte: fonte:http://educandooamanha.blogspot.com/2010/12/eu-acuso-ou-sobre-o-professor-em-bh.html
Recebí de Victor do [DICASESPIRITUAIS] - grupo
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e acrescentei ....
Frases de Içami Tiba

"Muitos pais, em nome do amor, deixam de cobrar coisas que precisam cobrar e ficam poupando os filhos; o amor é poupar, nessa linguagem de excesso de amor estraga. O verdadeiro amor tem que educar a outra pessoa e, para educar, muitas vezes, é preciso ajudar a organizar a vida, ajudar o filho a fazer o que ele é capaz. Mas os pais ficam poupando e acabam estragando seus filhos, em vez de ajudá-los..." (Frases e Pensamentos de Içami Tiba)

"O sucesso e a felicidade não dependem somente de uma pessoa fazer o que gosta. Entendendo que esta pessoa seja competente, disciplinada, ética, criativa, com iniciativa e cidadã. O sucesso e a felicidade dependem também da pessoa saber lidar com o que não gosta. Pois o que a pessoa gosta traz também algo que ela não gosta. Se as pessoas largarem o que gostam por não saberem lidar com o que não gostam, elas vão restringindo cada vez mais os seus campos de ação. Pessoas de sucesso e felizes não têm portas fechadas à sua frente. Acompanhando os jovens percebo que eles são capazes de largar uma faculdade por não conseguir superar suas dificuldades com uma ou outra matéria, outros largam seus sonhos por não conseguir estabelecer uma estratégia de realização. Esses são algumas das conseqüências de uma educação muito permissiva que aceita que os filhos não cumpram suas tarefas até o fim. Os pais destes jovens tomaram para si a responsabilidade de deixarem os filhos fazerem o que tiverem vontade. Assim, deixaram de preparar os filhos para a vida. O sucesso não é o que a própria pessoa se apregoa. O sucesso é o reconhecimento que outras pessoas lhe dão. Felicidade é uma sensação interior que se aprende a desenvolver, curtindo o que tem, sem ficar chorando pelo que não tem..." (Frases e Pensamentos de Içami Tiba).

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domingo, dezembro 26, 2010

Encontros de Final de Ano








por Maria Silvia Orlovas - morlovas@terra.com.br


Você já reparou como em dezembro nossa agenda fica louca? Na verdade, são tantos compromissos que não temos tempo para nada. Parece que quando chega o final do ano temos que ver as pessoas, preparar comidas especiais, comprar e comprar, dar e receber presentes que não precisamos. E com tantos atropelos emocionais perdemos o equilíbrio, e mesmo os mais tranqüilos e maduros acabam em um momento ou outro escorregando no consumo ou na necessidade de fazer coisas especiais.

Como tenho mais de quarenta anos, posso dizer que também já entrei nesse frenesi de final de ano muitas vezes, mas agora tento ficar mais light nesse assunto, pois já vivi muito estresse tentando agendar a viagem de última hora, ou comprando presente para o amigo secreto... tudo muito, mas muito chato, porque quando fazemos as coisas por obrigação, aquilo que poderia ser legal se torna um compromisso e compromisso quase sempre é sinônimo de fazer coisas porque temos que fazer.

Isso tudo sem falar nos terríveis encontros em família que nem sempre é algo feliz. Como todo mundo tem família, acho que também posso dizer que esses encontros em geral são bem cansativos. Afinal, quem não tem um cunhado que enche a cara, uma irmã ou irmão que acabou de se separar cheio de mágoas e histórias, alguém que perdeu o emprego, ou alguém com quem você não tem afinidade, mas tem que ouvir e repartir confidências nos últimos momentos de reflexão antes da chegada do ano novo?

Passando por tudo isso, há anos atrás parei e me perguntei: Por que seguir essas convenções? Por que ter que ser feliz nessa época do ano se por um motivo ou outro não estou me sentindo assim? Por que ter que encontrar com pessoas que não tenho vontade porque são da família? Será que não podemos fazer diferente?

Claro que podemos. Cada um pode fazer do seu jeito, pois com certeza é bem legal começar o ano nos respeitando, ouvindo a voz interior e se mantendo no equilíbrio. Porque podemos deixar de lado as regras e não ver pessoas que não queremos ver, nem pegar congestionamento para ir para a praia quando podemos fazer isso num outro dia qualquer, nem precisamos comer e engordar para comemorar a entrada de um novo ano. Todas essas convenções podem ser quebradas. Somos livres, podemos amar e viver do nosso jeito, sem neuras. Porque o que levamos dessa vida e da nossa experiência deste mundo é o somatório da forma que vivemos.

Se você deseja um pouco mais de introspecção no seu final de ano, permita-se. Se você está casado e ama sua família e está feliz em montar sua ceia, ok; mas se você não tem ninguém, não se sinta errado por estar vivendo diferente. Você deve se arrumar consigo mesmo e não com os outros ou para os outros.

Você deve se fazer feliz, e o encontro maior de final de ano deve ser com você, com seus guias espirituais, com seus projetos. A auto-análise, porém, deve ser amorosa, porque se você errou, pode fazer diferente, se você está triste pode ficar mais feliz, se você está só e deseja encontrar alguém, isso pode acontecer.

No seu momento de auto-análise, ame-se mais. Tenha paciência e luz no pensar sobre sua vida, não se culpe pelo que não fo, e não se obrigue a ser igual aos outros, porque você é único e Deus ama você apesar de toda e qualquer imperfeição.

http://somostodosum.ig.com.br/clube/c.asp?id=24620 
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sexta-feira, dezembro 24, 2010

Natal e Espiritismo



Natal - Do latim natale significa nascimento. Dia em que se comemora o nascimento de Cristo (25 de dezembro). 

As Igrejas orientais, desde o século IV, celebravam a Epifania (“aparição” ou “manifestação”), em 6 de janeiro, cujo simbolismo referia-se ao mistério da vinda ao mundo do Verbo Divino feito homem. Em Roma, desde o tempo do Imperador Aureliano (274), o dia 25 de dezembro (solstício de Inverno, no calendário Juliano) era consagrado ao Natalis Solis Invicti, festa mitríaca do “renascimento” do Sol. A Igreja romana não tardou em contrapor-lhe a festa cristã do Natale de Cristo, o verdadeiro “sol de justiça”. Esta festa pronto se estendeu por todo o Ocidente, não tardando também em ser adotada por todas as igrejas orientais. (Enciclopédia luso-Brasileira de Cultura)
O nascimento de Cristo sempre esteve envolvido em controvérsias. Para uns, seria 1.º de janeiro; para outros, 6 de janeiro, 25 de março e 20 de maio. Pelas observações dos chineses, o Natal seria em março, que foi quando um cometa, tal qual a estrela de Belém, reluziu na noite asiática no ano 5 d.C. Como data festiva, é um arranjo inventado pela Igreja e enriquecida através dos tempos pela incorporação de hábitos e costumes de várias culturas: a árvore natalina é contribuição alemã (século VIII); o Papai Noel (vulgo São Nicolau) nasceu na Turquia (século IV); os cartões de natal surgiram na Inglaterra, em meados do século XIX. (Estado de São Paulo, p. D3)

NASCIMENTO DE JESUS
 A MANJEDOURA
Conta-se que Jesus nascera numa manjedoura, rodeado de animais. Um monge diz que isso não é verdade, pois como a casa de José era pequena para abrigar toda a sua família, o novo rebento deu-se no estábulo. Em termos simbólicos, a manjedoura revela o caráter humilde e simples daquele que seria o maior revolucionário de todos os tempos, sem que precisasse escrever uma única palavra. Os exemplos de sua simplicidade devem nortear os nossos passos nos dias que correm. De nada adianta dizermo-nos adeptos de Cristo e agirmos de modo contrário aos seus ensinamentos.

ANÚNCIO PROFÉTICO
O nascimento de Jesus fora anunciado pelos profetas da antiguidade, nos seguintes termos: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus convosco)”. Na época predita veio ao mundo o arauto, o Salvador, aquele que tiraria os “pecados” do mundo.  Os judeus, contudo, não entenderam a grande mensagem do Salvador: esperavam-no na condição de rei, de governador. Ele, porém, dizia ser rei, mas não deste mundo. Enaltecendo a continuidade desta vida, vislumbrava-nos a expectativa da vida futura, muito mais proveitosa e sem as dificuldades materiais da vida presente.  

UMA NOVA LUZ 
O nascimento de Jesus coincide com a percepção de uma nova luz para a humanidade sofredora. Os ensinamentos de Jesus devem servir para transformar não apenas um homem, mas toda a Humanidade. Numa simples visão de conjunto, observamos o que era planeta antes e no que se transformou depois de sua vinda. O Espírito Emmanuel, em Roteiro, diz-nos que antes de Cristo, a educação demorava-se em lamentável pobreza, o cativeiro era consagrado por lei, a mulher aviltada qual alimária, os pais podiam vender os filhos etc. Com Jesus, entretanto, começa uma era nova para o sentimento. Iluminados pela Divina influência, os discípulos do Mestre consagram-se ao serviço dos semelhantes; Simão Pedro e os companheiros dedicam-se aos doentes e infortunados; instituem-se casas de socorro para os necessitados e escolas de evangelização para o espírito popular etc. (Xavier, 1980, cap. 21)  

 A SIMBOLOGIA DO NATAL 
 PAPAI NOEL 
Papai Noel, símbolo do Natal, é usado pelos comerciantes, a fim de incrementar as vendas dos seus produtos no final de cada ano. O espírito do natal, segundo a propaganda, está relacionado com a fartura da mesa, a quantidade de brinquedos e outros produtos que o consumidor possa ter em seu lar. À semelhança dos reflexos condicionados, estudados por Pavlov, há repetição, intensidade e clareza dos estímulos à compra, dando-nos a entender que estamos comemorando o renascimento de Cristo. Se não prestarmos atenção, cairemos na armadilha do consumismo exacerbado, dificultando a meditação e a reflexão durante esta data tão especial para a Humanidade.  

O ESPÍRITO DO NATAL 
O espírito do Natal deve ser entendido como a revivescência dos ensinos de Cristo em cada uma de nossas ações. Não há necessidade de esperarmos o ano todo para comemorá-lo. Se em nosso dia-a-dia estivermos estendendo simpatia para com todos e distribuindo os excessos de que somos portadores, estaremos aplicando eficazmente a “Boa-Nova” trazida pelo mestre Jesus. “Não se pode servir a Deus e a Mamon”. A perfeição moral exige distinção entre espírito e matéria. A riqueza existe para auxiliar o homem no seu aperfeiçoamento espiritual. Se lhe dermos demasiado valor, poderemos obscurecer nossa iluminação interior. Útil se torna, assim, conscientizarmo-nos de que somos usufrutuários e não proprietários dos bens terrenos.  

NUMA VÉSPERA DE NATAL 
Conta-nos o Espírito Irmão X que Emiliano Jardim, cujas noções materialistas estragavam-lhe os pensamentos, viera a sofrer uma dor de paternidade, ao ver o seu filho arrebatado pela morte. Abatido pela dor, começa a se interessar pelo Catolicismo. Porém, repelia veemente todos os que pensavam de forma diferente a respeito do Cristo. Do Catolicismo passa para o Protestantismo, mas sem que o Mestre penetrasse no seu interior. Depois de longa luta, Emiliano sente-se insatisfeito e ingressa nos arraiais espiritistas. Emiliano, como acontece à maioria dos crentes, vislumbra a verdade dos ensinamentos de Jesus, anseia por vê-lo nos outros homens, antes de senti-lo em si mesmo.  
Com o passar do tempo, teve outros revezes. 
Numa véspera de Natal, em que o ambiente festivo lhe falava da ventura destruída do coração, Emiliano quis por termo à própria vida.  
Na hora amargurada em que o mísero se dispunha a agravar as próprias angústias, uma voz se fez ouvir no recôndito de seu espírito:
“— Emiliano, há quanto tempo eu buscava encontrar-te; mas sempre me chamavas através dos outros, sem jamais me procurar em ti mesmo! Dá-me tua dor, reclina a cabeça cansada sobre o meu coração!... Muitas vezes, o meu poder opera na fraqueza humana. Raramente meus discípulos gozam o encontro divino, fora das câmeras do sofrimento. Quase sempre é necessário que percam tudo, a fim de me acharem em si mesmos”.
Emiliano estava inebriado. E a voz continuou:
“— Volta ao esforço diário e não esqueças que estarei com os meus discípulos sinceros até ao fim dos séculos! Acaso poderias admitir que permaneço em beatitude inerte, quando meus amigos se dilaceram pela vitória de minha causa? Não posso estacionar em vãs disputas, nem nas estéreis lamentações, porque necessitamos cuidar do amoroso esclarecimento das almas. É por isso que estou, mais freqüentemente, onde estejam os corações quebrantados e os que já tenham compreendido a grandeza do espírito de serviço. Não te rebeles contra o sofrimento que purifica, aprende a deixar os bonecos a quantos ainda não puderam atravessar as fronteiras da infância. Não analises nunca, sem amar. Lembra-te de que quando criticares teu irmão, também eu sou criticado. Ainda não terminei minha obra terrestre, Emiliano! Ajuda-me, compreendendo a grandeza do seu objetivo e entendendo a fragilidade dos teus irmãos”. (Xavier, 1982, p. 40)
...
Sérgio Biagi Gregório
http://www.ceismael.com.br/artigo/natal-e-espiritismo.htm 
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quinta-feira, dezembro 02, 2010

Incompreensão



INCOMPREENSÃO
Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

“Fiz-me fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos para, por todos os meios, chegar a salvar alguns”. PAULO, (I Coríntios, 9:22).

A incompreensão, indiscutivelmente, é assim como a treva perante a luz, entretanto, se a vocação da claridade te assinala o íntimo, prossegue combatendo as sombras, nos menores recantos de teu caminho.
Não te esqueças, porém, da lei do auxílio e observa-lhe os princípios, antes da ação.
Descer para ajudar é a arte divina de quantos alcançaram conscienciosamente a vida mais alta.
A luz ofuscante produz a cegueira.
Se as estrelas da sabedoria e do amor te povoam o coração, não humilhes quem passa sob o nevoeiro da ignorância e da maldade.
Gradua as manifestações de ti mesmo para que o teu socorro não se faça destrutivo.
Se a chuva alagasse indefinidamente o deserto a pretexto de saciar-lhe a sede, e se o Sol queimasse o lago, sem medida, com a desculpa de subtrair-lhe o barro úmido, nunca teríamos clima adequado à produção de utilidades para a vida.
Não te faças demasiado superior diante dos inferiores ou excessivamente forte perante os fracos.
Das escolas não se ausentam todos os aprendizes, habilitados em massa, e sim alguns poucos cada ano.
Toda mordomia reclama noção de responsabilidade, mas exige também o senso das proporções.
Conserva a energia construtiva do exemplo respeitável, mas não olvides que a ciência de ensinar só triunfa integralmente no orientador que sabe amparar, esperar e repetir.
Não clames, pois, contra a incompreensão, usando inquietude e desencanto, vinagre e fel.
Há méritos celestiais naquele que desce ao pântano sem contaminar-se, na tarefa de salvação e reajustamento.
O bolo de matéria densa reveste-se de lodo, quando arremessado ao poço lamacento, todavia, o raio de luz visita as entranhas do abismo e dele se retira sem alterar-se.
Que seria de nós se Jesus não houvesse apagado a própria claridade, fazendo-se à semelhança de nossa fraqueza, para que lhe testemunhássemos a missão redentora? Aprendamos com ele a descer, auxiliando sem prejuízo de nós mesmos.
E, nesse sentido, não podemos esquecer a expressiva declaração de Paulo de Tarso quando afirma que, para a vitória do bem, se fez fraco para os fracos, fazendo-se tudo para todos, a fim de, por todos os meios, chegar a erguer alguns.
(Do livro "Fonte Viva", pelo Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier, FEB)NOTA: O link abaixo contém a relação de livros publicados por Chico Xavier e suas respectivas editoras:http://www.institutoandreluiz.org/chicoxavier_rel_livros.html
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