Para que o mundo seja do jeito que a gente quer, a mudança começa conosco, nos pensamentos, ações e sentimentos. Não adianta o ser humano ser bom, se ele tiver pensamentos negativos em relação a si e/ou ao próximo, ou reações tão negativas diante do negativo que reverte pra si o de pior. É necessário que sejamos uno em todas as nossas atitudes mentais, físicas, espirituais, pensar/agir/sentir da mesma forma, superando as diferenças e reagindo ao desconhecido sem pré-conceito, e colocando em prática a lei do amor. Quando conseguirmos juntar essas energias todas e nos tornarmos uno com o universo, teremos aprendido o que Jesus nos ensina, o que a vida nos testa, o que Deus quer de nós. Comunhão. textinho da Chris

segunda-feira, agosto 09, 2010

Alzheimer: doença silenciosa

 
Alzheimer: doença silenciosa
Sinais de alerta: alterações de memória e personalidade
Jaqueline Falcão (para o Diário de S.Paulo)
Alterações de memória e de personalidade, dificuldade em se comunicar ou executar simples tarefas, como pentear os cabelos ou vestir uma camisa com botões, são sintomas que ajudam a identificar o problema que atinge os idosos. Estima-se que cerca de 18 milhões de pessoas em todo o mundo sejam portadoras da doença de Alzheimer. No Brasil esse número pode chegar a 1,2 milhão - 10% com idade acima dos 65 anos. De acordo com pesquisa da Alzheimer's Disease Internacional (ADI), a cada sete segundos é diagnosticado um novo caso. A doença, degenerativa, acomete o sistema nervoso central e atinge regiões responsáveis por memória e por outras funções cognitivas. Não há cura. O paciente morre entre oito e doze anos.
Alzheimer é silenciosa. Para médicos, o grande foco atualmente é o diagnóstico precoce. "Hoje em dia a busca pelo diagnóstico precoce é a condição mais importante quando se tem o que fazer pelo paciente. A doença não tem cura, mas temos alguns medicamentos que ajudam o paciente. Quanto mais precoce, maior a chance de o remédio ter ação "para este paciente", explica o neurologista Renato Anghinah, do grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento do Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo.

Personalidade
Os principais sintomas, que devem servir de alerta para o paciente e familiares, são as alterações de memória e de personalidade, dificuldade em se comunicar ou executar simples tarefas, como pentear os cabelos e vestir uma calça ou camisa com botões. O principal fator de risco é a idade. Quanto mais a pessoa viver, maior o risco de desenvolver o problema. Até os 60 anos, a incidência é de 1,5 pessoa a cada 2000. Dos anos 60 aos 70 anos, sobe de uma a cada 50 pessoas. Entre 70 e 80 anos, a chance de ter este mal sobe para uma a cada dez pessoas. E dos 80 aos 85 anos, fica maior: uma em quatro pessoas.
O neurologista do HC alerta que no últimos anos o comprometimento cognitivo leve poderia ser uma fase pré-clínica da doença. Ele explica que não chega a ser um quadro de demência do doente e também não significa que vai se transformar em doença de Alzheimer. "Mas esta pessoa terá uma taxa quatro vezes maior de evoluir para a doença. E não há indicação de tratar paciente com medicação, o que precisa ser observado. Se apresentar os sinais de Alzheimer, podemos iniciar o tratamento precocemente", diz Anghinah.
O diagnóstico da doença é clínico, ou seja, feito dentro de consultório e não com exames em aparelhos. Segundo o neurologista do HC, as queixas de memória - um dos sinais da doença - não são o suficientes para confirmar um quadro de Alzheimer. "Muitas vezes, o problema da memória pode estar relacionado à sobrecarga emocional, estresse no trabalho, falta de sono e medicamentos", compara Anghinah.
É por esta razão que o diagnóstico acontece, na maioria das vezes, quando a doença chegou à fase moderada. Neste estágio, além da falta de memória, o doente não consegue executar tarefas simples como montar um o sanduíche, esquece onde guardou alguns objetos e perde a noção para se vestir - chega a inverter a ordem de pôr as peças de roupa, como colocar a peça de baixo por cima da calça.
Para a neurologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Paulo Bertolucci, o diagnóstico tardio ocorre por culpa tanto da população quanto dos profissionais. "Os médicos precisam de mais preparo já que o diagnóstico é clínico. Se fizessem um teste rápido de memória no paciente faria muita diferença. Já a população tem uma parcela de culpa por ainda acreditar que a falta de memória se trata de apenas um processo normal de envelhecimento", avalia Bertolucci. A morte do paciente ocorre quando todo o cérebro é atingido pela doença.

Doença de Alzheimer
Entenda cada fase da doença.
Fase inicial - começa a afetar a memória. A pessoa lembra de coisas do passado, mas não se recorda do que ocorreu de manhã. À noite, por exemplo, não consegue lembrar o que almoçou. Assim, torna-se uma pessoa repetitiva.
Fase moderada - Nesta fase, já começa a ter prejuízos para conseguir se alimentar, executar tarefas simples (montar sanduíches com frios), dificuldades em manter a higiene. A pessoa perde noção para se vestir e não consegue enfiar a mão na manga da camisa, por exemplo. Pode trocar o dia pela noite. Perambula pela casa.
Fase avançada - O esquecimento está cada vez mais intenso. Nesta fase já precisa de alimentação assistida porque não consegue mais comer sozinha. Também não consegue tomar banho, nem se vestir sozinho e não mantém sua higiene pessoal. Começa a usar fraldas por não conseguir controlar seus instintos. Não fala mais. Tem gente que não dorme nem de dia e nem à noite.
Fase terminal - O paciente está na cama. Só geme e fica na postura fetal.

Sugestões

- A partir dos 60 anos, queixas de memória não podem ser desprezadas. É bom consultar o médico para checar.
- Nem toda queixa de memória, por outro lado, significa Doença de Alzheimer. Se uma em quatro pessoas tem a doença a partir dos 80 anos, lembre-se que três não a terão.

Remédios retardam evolução
fonte: http://www.jornaldosespiritos.com/2008/atualidade3.htm